Ainda mais entrosada que na estreia, a Seleção Feminina de Handebol conquistou, neste sábado (10), outro excelente resultado no III Torneio Quatro Nações, disputado no ginásio Adib Moyses Dib, em São Bernardo do Campo (SP). Depois de vencer o Chile ontem, hoje foi a vez de passar pela República Dominicana com outro placar bastante tranquilo: 36 a 9 (14 a 5 no primeiro tempo). Amanhã, na última rodada, as brasileiras encontram Portugal, às 9h30 (transmissão da TV Globo), para definir quem fica com o título, já que as adversárias também seguem invictas.
Assim como havia feito na partida contra o Chile, o técnico interino do Brasil, Sérgio Graciano, investiu no revezamento das atletas durante os 60 minutos. O rodízio foi mais uma vez positivo e serviu para que o treinador possa analisar melhor o grupo que durante o torneio conta com 21 atletas. Porém, no próximo compromisso da Seleção, o Pan-Americano da modalidade, que será disputado na Argentina a partir do dia 18, Graciano só poderia levar 16, portanto, uma análise detalha neste momento é primordial.
“Gostei muito da primeira equipe que jogou ontem. Já entrou no segundo confronto entrosada, não tomou nenhum gol nos primeiros 15 minutos e voltou para o segundo tempo muito bem defensivamente também. A segunda equipe, apesar de mais experiente, ainda estava se arrumando nessa nova maneira de marcar. Então, no primeiro tempo tivemos alguns erros. No segundo já melhorou e ofensivamente também foi muito melhor, porque no primeiro perdemos muitos gols”, resumiu o técnico.
Para a goleira Bárbara Arenhart, que ontem havia ficado de fora junto com o grupo mais experiente, a postura da equipe tem sido muito positiva em quadra. “Não estávamos esperando que fossemos nos sair tão bem. Acho que conseguimos nos entrosar bem nesses dois jogos. Estou muito feliz em ver que todo mundo está se doando 100%, super focado no que tem que fazer.”
A gaúcha acredita que o Brasil está no caminho certo nesse reinício de trabalho. “Acho que a expectativa para o Pan está melhorando a cada dia. Esses jogos mostraram que essa equipe tem potencial para um futuro não só próximo, mas também para Tóquio. Estou bem confinante no trabalho que temos feito e acho que vamos chegar bem no Pan”, pontuou.
Apesar do placar com ampla vantagem brasileira, o técnico da República Dominicana, Felix Romero, ressaltou a defesa das caribenhas e disse que elas têm potencial para crescer. “Estivemos bem na defesa. Defendemos duro, bem intenso. É uma equipe jovem, tem que seguir trabalhando. Vamos melhorar o ataque até o Pan-Americano. É uma equipe que promete. Levamos alguns anos sem jogar. O Brasil sai muito rápido no contra-ataque. Conseguimos parar um pouco com a nossa defesa, mas o Brasil é uma equipe muito boa. O País tem uma boa liga e muitas atletas também jogam na Europa”, ressaltou.
Seleção Brasileira Feminina
Goleiras – Bárbara Arenhart (Vaci NKSE-Hungria), Gabriela Moreschi (Larvik-Noruega) e Jéssica Silva de Oliveira (São Bernardo-SP).
Armadoras – Amanda de Souza Caetano (Abluhand/FURB-SC), Bruna de Paula (Fleury Loiret Handball-França), Deonise Fachinello (HC Odense-Dinamarca), Eduarda Amorim (Gyor Audi ETO-Hungria), Mariane Cristina Oliveira Fernandes (São Bernardo-SP) e Patrícia Batista da Silva (Kastamonu Genclik SK-Turquia).
Centrais – Ana Paula Rodrigues Belo (Rostov-Rússia), Danielle Cristina Joia (EC Pinheiros-SP) e Mayara Fier de Moura (EC Pinheiros-SP).
Pontas – Dayane Pires da Rocha (São Bernardo-SP), Jéssica Quintino (HC Odense-Dinamarca), Larissa Fais Munhoz Araujo (Erd Noi Késilabda-Hungria), Larissa Inae da Silva (CS Magura Cisnadie), Mariana Costa (Nykobing HandboldKub-Dinamarca) e Samira Rocha (Kisvarda Master Good SE-Macedônia).
Pivôs – Regiane dos Santos Silva (São Bernardo-SP), Tamires Anselmo Costa (EC Pinheiros-SP) e Tamires Morena de Araújo (CDB Cercle Dijon Bourgogne-França).