8 5
Siga o OTD

Handebol

Mayssa repensa aposentadoria e fala em ir para Tóquio 2020

Um dos maiores nomes da modalidade, a goleira do Rostov, da Rússia, pensa em voltar a atuar pela Seleção Brasileira e pensa nos Jogos Olímpicos

Reprodução/Instagram

Depois da derrota contra a Holanda, pelas quartas de final do torneio de handebol da Olimpíada do Rio de Janeiro, Mayssa anunciou a aposentadoria da Seleção Brasileira. Junto com ela, Dara, Dani Piedade e Alexandra decidiram não mais defender o país. Três anos depois, a goleira campeã mundial em 2013, revelou, em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia, que pensa em voltar.

“Eu estou pensando em voltar a vestir a amarelinha. Pode ser que eu vá pra seleção na próxima convocação em março. Não é certeza. Estou pensando. Se eu voltar vou fazer sim de tudo para ir à Olimpíada”, comentou a goleira.

Campeã mundial

A vontade de Mayssa de voltar à Seleção Brasileira certamente tem a ver com o maior momento vivido por ela na carreira: a conquista do Mundial de 2013 com a camisa verde e amarela. Mayssa não só esteve presente como foi peça fundamental na conquista, que completou cinco anos no fim do ano passado, com uma defesa incrível há poucos minutos do fim da decisão contra a Sérvia.

Divulgação

“Foi incrível, histórico, algo que nunca será esquecido para todos nós brasileiros que amam o handebol e para todos na Europa que viram a gente ganhar e calar a boca de todos. Construímos a nossa seleção, ganhamos experiência na Europa e usamos isso a nosso favor e mostramos que poderíamos ser as melhores do mundo. Hoje todos nos respeitam”, comentou.

Se for convocada e voltar para a Seleção, Mayssa será um reforço importante para a equipe, que tem para disputar em 2019 os Jogos Pan-Americanos de Lima, em julho, que darão vaga ao campeão para a Olimpíada de Tóquio, e o Mundial, que acontece em dezembro, no Japão.

Pós-carreira definido

Apesar de estar disposta a voltar a defender o país, Mayssa, aos 34 anos, já tem o futuro programado. A goleira defende o Rostov-Don, da Rússia, desde 2017, e teve o contrato renovado por mais duas temporadas. Ela quer continuar jogando por mais algumas temporadas, antes de se dedicar, em planejamento feito em conjunto com o clube, a ajudar do lado de fora da quadra.

Reprodução Facebook Rostov-Don

“Eu vou jogar mais 3 temporadas. A terceira eu jogarei só se precisar. Eu vou trabalhar com as goleiras, serei técnica. Eles vão trazer uma goleira mais jovem pra que eu trabalhe com ela e a faça crescer”, finalizou Mayssa.

Uma vida no handebol

Ao pensar no que fará no final da carreira, Mayssa não esquece de toda a trajetória na modalidade. Desde o começo, no colégio Lourdinas com a técnica Rossana Coeli Marques, passando pelo crescimento na modalidade até ter o nome respeitado em todo o planeta.

Como qualquer criança de 10 anos, Mayssa gostava de praticar esportes, brincar e se divertir. Durante a maior parte de sua infância em João Pessoa, a goleira passou por algumas modalidades, mas a relação com o handebol acabou sendo um “amor à primeira vista”.

“Eu tinha 10 anos quando comecei com o handebol. Na verdade, eu fazia todos os esportes e depois tive que decidir em ficar só com o handebol. Eu já não tinha mais tempo pra fazer todos ao mesmo tempo e escolhi handebol. Me apaixonei, foi amor à primeira vista. Eu vi o handebol e me apaixonei”, comentou

Divulgação EHF

Diferente do que acontece com a grande maioria das pessoas que pratica esportes com gols, Mayssa preferiu evitá-los ao invés de marcá-los. Eu já brincava com meu pai em casa. Ele jogava à bola pra mim e eu defendia como goleira de futebol. Então quando entrei no handebol fui direto para o gol”, disse Mayssa.

Mayssa conseguiu primeiro destaque no handebol de praia, modalidade pela qual faturou o título mundial de 2005 com o Brasil. Depois da conquista, a goleira migrou para a quadra e foi para a Europa, passando por França, Rússia, Romênia, Macedônia e novamente Rússia. Olhando para a sua trajetória no velho continente, a goleira é categórica:

“Foram anos difíceis, eu construí minha imagem e fiz meu nome na Europa, em todo o mundo, e o respeito, todos respeitam e respeitam meu nome. Hoje jogo em uma das melhores equipes do mundo e tenho como técnico o melhor do mundo. Eu sempre sonhei em estar entre as melhores do mundo, em jogar nas melhores equipes do mundo e eu consegui. Atuar na Europa e estar entre as melhores é o sonho de todas as mais jovens que buscam chegar”, disse Mayssa.

 

 

Mais em Handebol