A halterofilista baiana Valéria Alves, categoria até 86 kg, conquistou o ouro no Meeting Loterias Caixa em Uberlândia, neste sábado, 30. Convocada para o Mundial da modalidade, que acontece na Geórgia, em setembro, a atleta de 20 anos participou apenas da sua segunda competição oficial da vida.
Ao todo, 127 atletas estão inscritos na etapa do Triângulo Mineiro, sendo 99 do atletismo e 28 do halterofilismo, de duas unidades da federação: Minas Gerais e Distrito Federal.
Cerca de um mês antes do começo da pandemia da Covid-19 no ano passado, Valéria Alvesfoi apresentada ao halterofilismo, por meio de amigo que a levou para fazer uma avaliação no Clube Desportivo para Deficientes de Uberlândia (CDDU), clube pelo qual compete atualmente. Desde então, resolveu se especializar na modalidade.
Já no começo do mês, ela participou da Seletiva do halterofilismo para o Mundial. Na ocasião, ela levantou 78kg e alcançou o índice pré-estabelecido pelo Departamento Técnico do CPB para a convocação da Seleção Brasileira. =
Neste sábado, na sua primeira tentativa, Valéria Alves colocou 71kg, porém não foi válida. Na segunda, o mesmo peso foi colocado e o movimento validado. Já a terceira e última pedida contou com 82kg na barra.
“Estou muito feliz, um sonho, sonhei muito e consegui. Antes mesmo da minha primeira competição eu consegui uma vaga para o Mundial. Outubro é o mês mais feliz da minha vida, primeiro a convocação e agora a medalha”, contou a atleta de 20 anos e que tem artrogripose, uma má-formação congênita nas articulações, que limita os movimentos das pernas.
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Em sua segunda aparição no Meeting Loterias Caixa, o halterofilismo vive renovação de atletas a pouco menos de um mês para o Mundial. Três dos atletas juniores que competirão no evento internacional participaram da fase do Meeting em Uberlândia: Lara Lima (até 41kg), Valéria Alves (até 86kg) e Gabriel de Lima (até 49kg).
Atletismo
o destaque foi Rodrigo Parreira (classe T36) no salto em distância. Ele saltou 5m80, marca que lhe renderia a medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. O campeão da prova na capital japonesa foi o russo Yevgeny Torsunov com 5m76 (Recorde Paralímpico). Na ocasião, Rodrigo, que estava com uma lesão no joelho direito, alcançou 5m49 e ficou com o quinto lugar.
Natural de Rio Verde, Goiás, Rodrigo nasceu com paralisia cerebral, que afeta sua coordenação motora e o lado esquerdo de seu corpo. Atualmente, ele mora em Uberlândia e compete pela Associação dos Paraplégicos de Uberlândia (APARU).
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“Fiz a minha melhor marca da vida aqui no Meeting. Poderia ter ganho a medalha de ouro em Tóquio, mas não ganhei por causa de uma lesão, e apesar de não estar 100% recuperado, o que me motivou a fazer o meu melhor aqui em Uberlândia foi ter ido para Tóquio e não ter ganho o ouro”, contou o atleta de 27 anos que tem no currículo a prata no Mundial de Dubai 2019 e o bronze nos Jogos Rio 2016 no salto em distância.
Devido ao vento de 2,5m/s na tarde deste sábado, a marca de 5m80 não será homologada como recorde brasileiro e das Américas (5m62), que pertence ao atleta e foi estabelecido nos Jogos Rio 2016. Pela regra da modalidade, o limite do vento para validação de recordes não deve ser superior a 2,0m/s.