Já em Cochabamba, na Bolívia, Herik Machado falou com exclusividade ao Olimpíada Todo Dia sobre suas expectativas para os Jogos Sul-Americanos e também sobre Tóquio-2020
Herik Machado será o representante do Brasil nas provas de Golfe que acontecerão a partir desta quarta-feira (30) nos Jogos Sul-Americanos de Cochabamba, na Bolívia.
Totalmente focado na competição, o atleta mudou sua rotina de treinos e preparação visando a medalha de ouro no país vizinho. De olho em melhorar seu desempenho, Herik foi a São Paulo para passar com a equipe de preparação física da Confederação Brasileira de Golfe, comandada por Africa Mudueño Alarcon.
– Meu objetivo é ganhar. Eu estou treinando bastante, estou fazendo algumas coisas a mais na preparação física. Eu espero fazer um bom resultado, se tudo der certo, eu quero é ganhar. É um torneio importante, tem muitos jogadores bons, mas imagino que a gente pode ganhar, pode fazer um bom resultado. É só acreditar, tem que sentir que está bem preparado para isso e acreditar que tudo vai dar certo – falou.
O Golfe fez sua primeira aparição como um esporte olímpico durante a Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016. Em Tóquio-2020, mais uma vez a modalidade estará presente.
Participar de uma edição de Olimpíada é um sonho da maioria dos atletas que praticam qualquer tipo de esporte em todo o Mundo. Porém, essa ambição ainda não é a principal de Herik Machado, que tem como meta chegar à principal competição do esporte: o PGA Tour.
– Ainda tem bastante tempo para os Jogos Olímpicos, meu objetivo é representar o Brasil e, se tudo der certo, eu vou representar o país e vai ser um sonho. Sempre a gente tem um objetivo na vida, eu quero ter esse objetivo para representar o meu país. Para ser um pouco mais conhecido também, para conhecerem a minha história, porque tudo é possível. Mas, para ser sincero, não (é meu principal objetivo). Meu principal objetivo é chegar no PGA Tour, que paga muito bem. Não teve nenhum brasileiro que se manteve lá, o meu grande objetivo, o meu grande sonho é jogar lá e me manter lá – explica.
O golfista fará sua estreia em 2018 durante os Jogos Sul-Americanos. Pensando em se tornar um atleta profissional, Herick deixou de participar de torneios ao longo do ano para focar nesse objetivo, mas desistiu devido à dificuldade de encontrar um patrocinador.
– Eu pretendia virar profissional em 2019, então eu decidi não participar desses torneios e treinar mais para tentar melhorar em algumas coisas. Mas agora eu já estou com outras coisas na cabeça, mas eu espero que sim. Precisa de muita coisa e, infelizmente, tem que depender um pouco dos outros, mas se dependesse de mim, acho que eu viraria. A verdade é que o Golfe é muito caro, não é bem conhecido, precisa de patrocínio. Em um ano se gasta R$ 180 mil para mais, então é muito difícil você conseguir alguém para chegar e te bancar o ano inteiro, por exemplo. Às vezes você até consegue, mas os caras querem resultado na hora e o Golfe não é assim – disse.