Siga o OTD

Golfe

Seleção brasileira masculina se prepara para a Copa Los Andes

Cinco atletas fazem treino intensivo em São Paulo e se preparam para a competição de golfe que será disputada em novembro, no Uruguai

Divulgação/CBG

A equipe masculina de golfe que representará o Brasil no LXXIII Campeonato Sul-americano Copa Los Andes está reunida em São Paulo, onde treina entre os dias 23 e 25 de outubro. O tradicional torneio amador será disputado de 19 a 24 de novembro no Club de Golf del Uruguai, na cidade de Montevidéu, capital uruguaia.

O Brasil será representado por Herik Machado e Andrey Xavier, do estado do Rio Grande do Sul; Daniel Kenji Ishii, do Rio de Janeiro; Fred Biondi e Lucas Park, de São Paulo; além de Euclides Gusi, como delegado, e Luiz Miyamura, técnico. Sob supervisão do coach nacional e da preparadora física Africa Alarcon, os cinco atletas fazem um treino intensivo no São Paulo Golf Club.

Vale lembrar que a Copa Los Andes tem um formato singular. Trata-se de uma competição amadora por times da América do Sul, composta por dez países, mas que jogam apenas nove. A última colocada é rebaixada e não joga o ano seguinte, salvo se for o próximo país-sede. As equipes são compostas por cinco atletas, que jogam seis jogos no total, sendo dois de manhã, formados por duas duplas, e mais quatro partidas a tarde, estas individuais.

O formato de jogo é o match play, por buracos, e não por tacadas (stroke play), que é mais comum por aqui. Assim, o jogo pode ir até o buraco 18, mas também pode terminar um pouco antes, se a diferença no placar for maior que o número de buracos a serem disputados. Com as disputas por equipe e individuais, na Copa Los Andes um atleta pode chegar a disputar até 36 buracos no mesmo dia, algo que os atletas não estão acostumados e sem paralelo no Brasil. Por isso, a CBGolfe organizou a série de treinamentos intensivos e uma preparação especial.

“Uma das grandes dificuldades da Copa Los andes é o enorme volume de jogos e o desgaste físico que os atletas enfrentam diariamente, o que acaba sendo um fator importante no sucesso das equipes”, explica Africa Alarcon, preparadora física da CBGolfe. “Um treinamento deve abranger um tempo mínimo necessário para a adaptação a esse formato. Organizamos um treino de seis semanas para buscar aprimorar a capacidade física dos jogadores, tanto no quesito aeróbio como na força e resistência à fadiga, tão necessárias neste evento”, complementa.

“É um jogo muito desafiador, porque você não joga sozinho, mas contra duas equipes simultaneamente. Então no primeiro dia já define se você vai disputar o título ou para não ser rebaixado. Uma disputa realmente interessante, até cruel em algum sentido. Mas adrenalina pura”, define Luiz Miyamura,

Neste ano o Brasil só joga com o time masculino, porque feminino ficou em penúltimo na última edição e o Uruguai, último colocado naquela edição e país-sede desta, não poderia ser rebaixado.

Cobri os Jogos Olímpicos Rio 2016. Trabalhei no apoio jornalístico das Copas do Mundo Fifa de 2014 e 2018. Documentarista de "O caminho suave". Outras produções fílmicas: "EstatiCidade", "Marcelo Rezende - contador de histórias", "Sala de estar", "Azul" e "A entrevista". Experiência na área de esporte e política, com passagens pela TV Band, Portal da Band e pelo Jornal Gazeta de Santo Amaro.

Mais em Golfe