O paraibano Jônatas Castro, de 38 anos, é o novo treinador da Seleção Brasileira feminina de goalball. O profissional, que já vinha atuando na comissão técnica da equipe desde 2014 na função de auxiliar técnico, assumirá o lugar de Dailton Nascimento para o ciclo que culminará nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
O primeiro torneio à frente da equipe que terminou na quarta colocação sua participação na Paralimpíada de Tóquio, no início do mês, será o Campeonato das Américas, em São Paulo, adiado recentemente para fevereiro de 2022. O Brasil é o atual vice-campeão no feminino – em 2017, perdeu a decisão para o Canadá.
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“O primeiro desafio é manter a competitividade da Seleção. Os Jogos de Tóquio mostraram que todas as seleções evoluíram em todos os aspectos, por isso, precisamos avançar para manter essa competitividade”, explica Jônatas. “Mas o grande desafio vai além disso. Herdar uma Seleção com as qualidades do Brasil é muito bom, mas também muito desafiador para poder avançar ao próximo patamar que merecemos e que faltou tão pouco, que é conquistar uma medalha paralímpica.”
Para o seu cargo anterior de auxiliar, Jônatas convidou o técnico do Cetefe, do Distrito Federal, Gabriel Goulart Siqueira. Quem também chega para trabalhar na Seleção é Marcio Rafael da Silva, que treina o time do IRM, de Londrina. Ele vai substituir Roger Scherer na preparação física da equipe feminina do Brasil. Ainda não há definição dos nomes que substituirão a psicóloga Thereza Xavier e a nutricionista Monique Moreira, que também se desligaram da Seleção.
Conheça o novo treinador
Criado em Paulista, cidade com cerca de 12 mil habitantes localizada a 310 km da capital João Pessoa, Jônatas iniciou sua trajetória no paradesporto ainda quando cursava educação física, em 2004, como voluntário no Instituto dos Cegos de Campina Grande. Lá, conheceu o futebol de 5, atletismo e goalball. Prontamente, assumiu como treinador de goalball da instituição.
Ainda em 2004, participou de um curso de arbitragem da modalidade. Apitou em competições nacionais e internacionais até 2008, época em que já atuava como voluntário da Apace-PB ao lado de Dailton Nascimento, com quem repetiria a dupla posteriormente na Seleção a partir de 2014.
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Aliás, dessa longa parceria, Jônatas vai colher muitos ensinamentos: “Levamos para a Seleção a estatística, a análise de desempenho, coisa que já fazíamos em João Pessoa desde 2007. Além disso, o Dailton tem um método de trabalho que valoriza cada detalhe técnico. Nesse modelo de trabalho, eu pude contribuir com o olhar criterioso para o aperfeiçoamento das ações individuais. Havia muita sinergia no banco de reservas”, ressalta.