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Atletas da seleção brasileira de goalball disputarão Europeu de clubes

Leomon Moreno, Romário e Carol Duarte reforçarão o Sporting, enquanto Altemir Trapp será o assistente técnico no Europeu

Leomon Moreno, Romário e Carol Duarte reforçarão o Sporting na disputa do Europeu de clubes de goalball
(Twitter/SCPModalidades)

Três atletas e um membro da comissão técnica da seleções brasileira de goalball embarcam neste sábado (25) rumo a Lisboa para participarem da Superliga da Europa, que começa no dia 29, em Odivelas, na região metropolitana da capital portuguesa. Leomon Moreno, Romário e Carol Duarte reforçarão, dentro de quadra, o Sporting. Fora dela, caberá ao analista de desempenho da seleção masculina, Altemir Trapp, exercer a mesma função a serviço do time masculino, além de ser o assistente técnico do feminino no Europeu de clubes.

“É uma experiência enriquecedora para nós. Atletas de nacionalidades diferentes, idiomas muito distintos, mas que se comunicam pela linguagem única do goalball”, explicou Altemir. No conjunto feminino do Sporting, por exemplo, ele trabalhará com uma brasileira, uma norte-americana, uma israelense e uma grega, além das portuguesas.

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“Estamos indo para a nossa terceira temporada. Tudo foi iniciado pelo Leomon, pela evidência que ele teve nos Jogos da Rio 2016. Ele despertou o interesse do Sporting e abriu caminho para nós.”

Trocas e reconhecimento

Apelidado pelos lusos de “Cristiano Ronaldo do goalball” – o craque do futebol iniciou sua trajetória justamente no Sporting –, Leomon já conquistou duas vezes o Europeu, nas temporadas 2018 e 2019. E faz um paralelo exatamente com o futebol para explicar o que significa ser contratado por um time de fora para jogar.

“A sensação é de um sonho realizado. Toda criança, todo adolescente, pensa em jogar futebol, evoluir, ir para a Europa. Isto eu consegui realizar no goalball. Então é uma felicidade imensa para mim, minha família, ver esse reconhecimento internacional”, disse o recém-campeão dos Jogos Paralímpicos de Tóquio ao lado de Romário.

“Lá em Portugal, as modalidades acabam sendo niveladas em termos de reconhecimento. Por exemplo, eu ando pelas ruas de Lisboa, e as pessoas reconhecem que eu sou um atleta do Sporting, que estive em tal jogo, já fui artilheiro. Isso mostra como eles valorizam”, contou Leomon.

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Na temporada 2019, a categoria feminina foi incluída no Europeu de clubes e o clube português faturou a taça logo na estreia com a ajuda das brasileiras Carol Duarte e Gaby. Apenas a primeira estará novamente reunida em Lisboa com as companheiras estrangeiras.

“Traz muita experiência poder competir com outras meninas. E, dentro da equipe, tem atletas com outras filosofias de jogo, de treinamento. Então, são trocas de aprendizado dentro de quadra. Eu amo jogar goalball, independentemente de onde seja”, contou a jogadora de 34 anos, quarta colocada com o Brasil em Tóquio.

Tecnologia em teste

O Europeu de clubes vai colocar em teste nesta edição duas novidades que poderão futuramente ser incluídas nas regras do jogo. A primeira é a inclusão de um cronômetro de dez segundos visível aos bancos e árbitros para acabar com as dúvidas sobre o limite de tempo na execução dos ataques. Este painel é operado com o toque de um botão que permite o reset para iniciar uma nova contagem de dez segundos e possui um sinal sonoro ativado automaticamente quando o tempo tiver decorrido.

Outra tecnologia será a implementação do Vídeo Árbitro Assistente, o popular VAR. Uma câmera será colocada em cada linha dos gols para que se analise se bola entrou ou não. Outras estarão posicionadas nas linhas das marcações de high ball e long ball. Cada treinador terá em mãos um cartão verde que deverá ser erguido imediatamente após o lance duvidoso para que o VAR entre em ação. Assim, se o protesto for validado, a equipe continua com o cartão verde para usá-lo novamente. Caso perca o desafio, o cartão verde será retirado do banco, e o time ainda perde um pedido de tempo.

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