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Tóquio 2020

Camilla foca na Copa do Mundo em abril para ir a Tóquio

Radicada nos EUA, ginasta treina para recuperar seu ápice técnico e físico para garantir a vaga olímpica na etapa de Brescia da Copa do Mundo

Camilla Gomes - Tóquio-2020
Camilla disputa vaga em Tóquio na Copa do Mundo de Brescia, em abril (Ricardo Bufolin/CBG)

A menos de um ano para Tóquio-2020, Camilla Gomes ainda não garantiu sua vaga nos Jogos Olímpicos. Mesmo em meio à pandemia, a ginasta seguiu treinando forte e focado na etapa de Brescia, na Itália, da Copa do Mundo, em abril do ano que vem, para assegurar seu lugar na Olimpíada.

O sistema de classificação é complicado, mas, de forma resumida, a atleta está num bolo de ginastas que podem aspirar a uma vaga via ranking. Apenas quatro resultados das etapas da Copa do Mundo serão considerados.

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Efetuados os descartes, Camilla Gomes soma 53 pontos, deixando para trás duas de suas principais concorrentes, a norte-americana Nicole Ashinger (52) e a australiana Jessica Pickering (50). A chance de classificação olímpica passa, assim, por um desempenho superior ao dessas duas adversárias na Itália e com olhos atentos ao pelotão que vem atrás.

“Indo bem na Itália eu consigo me classificar, já que consegui colecionar pontos em três etapas em 2019”, disse Camilla, referindo-se ao 15ª lugar em Baku (Azerbaijão), ao 17º em Minsk (Belarus) e ao 14º em Khabarovsk (Rússia).

Pouco prejuízo

Camila Gomes treina em Middleton, nos Estados Unidos, já há alguns anos, e o período de isolamento obrigatório do ginásio foi menor, em comparação com o que se observou no Brasil. Assim, ela avalia que não teve muita perda técnica devido à parada.

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“Foi um pouco complicado, mas deu tudo certo e agora estamos de volta. Não tive muito prejuízo, ainda bem. Acredito que, no nosso esporte, é mais determinante a cabeça do que o físico. Como mantive ao máximo o condicionamento físico graças aos treinos em casa, a maior lacuna foi na parte mental. Mas fomos com calma, um dia de cada vez. Saltar é como andar de bicicleta, a gente nunca esquece. Com pensamento positivo, focando num crescimento gradativo, já estou perto do nível que apresentava antes da pandemia”, celebrou.

Vaga histórica

Além do sonho de disputar os Jogos Olímpicos, a vaga em Tóquio-2020, na visão de Camilla, é importantíssima para que o esporte ganhe maior visibilidade no país. E será histórica.

“A classificação olímpica, além de ser muito importante para mim, é valiosa para o esporte e para o Brasil, já que eu seria a primeira mulher brasileira a me classificar para uma Olimpíada na ginástica de trampolim. Por isso sigo forte nesse sonho, para que possa ir a Tóquio-2020″.

“Tento aumentar a exposição postando nossos treinos e imagens de competições nas redes sociais, para que o público passe a conhecer mais. Garanto que quem assiste é acometido de amor à primeira vista”, completou.

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