Muitas vezes em nossas vidas nós precisamos deixar de fazer algumas coisas que gostamos para focar em outras que acabam assumindo a prioridade. No entanto, algumas pessoas preferem optar por outro caminho, como é o caso de Diego Satiro.
Apaixonado por ginástica de trampolim desde a infância, o mineiro de Ipatinga não desistiu do esporte mesmo precisando focar nos estudos na área química e hoje consegue conciliar o trabalho nas duas áreas.
“Atuou como professor de uma escola técnica no período da manhã, tarde e noite e nos horários vagos sou o coordenador do Comitê Técnico da CBG [Confederação Brasileira de Ginástica] e diretor do Comitê Técnico da Confederação Mineira. É uma loucura conciliar tudo isso. Sempre corrigindo prova, preparando alguma competição, buscando um professor substituto porque vou fazer uma viagem por alguma competição, etc. Apesar de ser muito trabalho, são coisas que eu gosto de fazer. Gosto muito de atuar como químico e amo trabalhar com a ginástica”, explica.
Início da carreira
Se hoje a dificuldade por manter duas atividades tão distintas no cotidiano já é enorme, Diego Satiro relembra o início da carreira, quando iniciou o processo de transição de atleta da ginástica de trampolim para uma parte diretiva do esporte.
“Eu comecei na ginástica como atleta na minha cidade. Porém em 2003 eu precisei parar por causa dos estudos. Como eu não queria perder este vínculo com a ginástica então decidi fazer um curso de arbitragem estadual e pouco tempo depois eu cheguei a arbitrar um torneio. Em 2005 eu passei na faculdade em Viçosa, onde eu encontrei com o coordenador da Federação mineira de ginástica, Pedro Paiva. A partir de então comecei a ajudá-lo participando desse processo de coordenadoria e obtendo bastante experiência nessa área. Desde então tenho participado de quase todas as competições”, relembra.
Algum tempo depois esse trabalho de Diego começou a ser reconhecido e o profissional iniciou um trabalho na área da coordenação da ginástica de trampolim.
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“Em 2015 a Federação Mineira me chamou para fazer parte do Comitê Técnico da Ginástica de Trampolim e ainda no mesmo ano fui chamado para ser adjunto do Comitê Técnico da CBG, ao lado da Cristina Troper. Dois anos depois ela acabou saindo e fui convidado para assumir a função de coordenador”, explicou.
Responsabilidade do coordenador
A função de coordenador é um daqueles trabalhos que pouca gente presta atenção, porém possui uma importância incrível. Responsável por boa parte do planejamento dos eventos e competições, Diego Satiro acaba tendo uma enorme influência na ginástica de trampolim brasileira.
“As reponsabilidades são inúmeras. Elaborar o regulamento técnico da modalidade, organização de datas para os campeonatos nacionais para que não conflitem com os internacionais, programação dessas competições, escolha dos árbitros e convocação dos atletas elegíveis, além da supervisão desses eventos”, explicou.
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Com o período de quarentena gerado pela pandemia do coronavírus, as competições de todas as modalidades esportivas estão canceladas em todas as partes do planeta. Apesar desse período sem eventos parecer um momento de paz na vida corrida de Diego, ele acaba não conseguindo se distanciar do esporte e utiliza o tempo livre para se capacitar ainda mais.
“Nessa pandemia estou pensando muito no que eu posso melhorar na ginástica. Formulários a serem respondidos pelos atletas, organização de competições que ainda estão para acontecer ou até mesmo estudar o código de pontuação. Eu preciso estar sempre ligado, até porque eu vivo na ginástica”, completou.