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Paris 2024

Mesmo com erros, Babi Domingos está feliz com final em Paris

Babi Domingos sai dos Jogos Olímpicos de Paris orgulhosa por ser uma das dez melhores do mundo na ginástica rítmica individual

Babi Domingos na final da ginástica rítmica individual nos Jogos Olímpicos de Paris
(Foto: Ricardo Bufolin/CBG)

Paris – A final do individual geral da ginástica rítmica não foi perfeita para Babi Domingos, com a atleta cometendo erros nas suas séries do arco e da fita. Mesmo assim, a brasileira saiu da competição feliz, sabendo o quão difícil foi para chegar entre as 10 melhores ginastas do mundo, sendo a única representante das Américas na final de um esporte dominado pela Europa.

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Babi Domingos sabia que era um caminho difícil, mas não era impossível de conseguir na Olimpíada. “Eu estou muito feliz. Eu acho que independente do resultado, de como foi a minha competição hoje, eu estou muito orgulhosa de mim mesma, por estar entre as dez melhores do mundo, que foi o objetivo que tracei no ano passado”, afirmou a ginasta.

Durante a final, Babi Domingos teve a difícil missão de abrir cada aparelho. E no arco, logo a primeira série de toda a final, ela teve dois erros grandes. Mas isso não a abalou para o resto da competição. “Nossa eu fiquei tão brava quando eu errei o arco que eu usei toda aquela raiva que eu estava dele para acertar a bola. Eu acho que isso é um pouco da resiliência que cada atleta tem que ter. Errou, tudo bem. Vamos para o próximo”, disse. Em seguida, Babi Domingos fez ótimas séries na bola e nas maças, as suas melhores nos dois aparelhos em Paris.

Parceria de longa data

Babi e Márcia posam para foto ao lado dos aros olímpicos
Babi Domingos e Márcia Naves (Foto: Ricardo Bufolin/CBG)

Do lado de fora da quadra, a técnica Márcia Neves agia como o torcedor brasileiro. Ela sofria com os erros, mas sorria muito mais com as provas que Babi Domingos acertava. Ela curtiu o momento, vendo a ginasta com quem trabalha desde os seis anos de idade competindo em uma fina olímpica.

“Estou sonhando acordada, me beliscando para ver se realmente é real, porque a princípio isso era tão surreal de acontecer. E ver ela aqui, uma menina que começou com seis aninhos, a única negra da competição do individual, e levar essa mensagem para o Brasil e o mundo de que é possível. Qualquer criança que creia, que acredite, que sonhe, que trabalhe, ela pode estar aqui”, comentou a treinadora orgulhosa do desempenho de Babi: “Você não precisa ser do leste europeu. Você pode sim ser uma brasileirinha, negra da periferia, que se você tiver um bom trabalho, uma boa equipe por trás, você pode chegar aqui na Olimpíada.”

Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e viciado em esportes

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