Maria Eduarda Alexandre, grande promessa da ginástica rítmica do Brasil, foi beber numa das melhores fontes do mundo para dar passos decisivos na construção da temporada 2023, que será especialmente importante para ela. A ginasta paranaense está realizando um estágio de treinamento no Ginnastica Fabriano, na Itália. Ela e sua treinadora, Solange Paludo, estão aprendendo muito nesse clube, principal fábrica de talentos da Itália, ao lado da campeã mundial Sofia Raffaeli e de sua treinadora, Julieta Cantaluppi.
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Fundado em 1972, na província de Ancona, o Ginnastica Fabriano começou a escrever páginas gloriosas em sua história na década de 90, graças ao trabalho da búlgara Kristina Ghiurova, que foi, como atleta, ouro na corda e prata na fita no Mundial de Londres-79 e bronze no individual geral e no arco na edição da Basiléia-77.
Kristina era a treinadora de sua filha, Julieta Cantaluppi, única ginasta a conquistar sete títulos italianos no individual geral. Depois, como treinadora, Julieta viu uma de suas pupilas, Soffia Raffaeli, fazer um Mundial impressionante neste ano, em Sófia: ela foi campeã no individual geral, no arco, na bola e na fita, e ainda obteve o bronze nas maças. Outra atleta do Ginnastica Fabriano, Milena Baldassarri, foi bronze na bola na Bulgária.
“Nesta época do ano, depois que o calendário de competições se encerra, é muito comum as ginastas começarem a planejar as coreografias que vão apresentar no ano seguinte. A Maria Alexandre e a sua treinadora vão ter a oportunidade de trabalhar nessa montagem no clube que tem as duas melhores ginastas da Itália, e que estão entre as melhores do mundo”, disse Marcia Aversani, Coordenadora do Comitê Técnico de GR da CBG.
Aposta para o futuro
Graças a uma parceria da área de desenvolvimento do COB com a CBG, esse estágio de Maria Alexandre e Sofia Paludo se tornou possível. Trata-se do Programa Conexão Santiago. Esse privilégio se deve ao grande resultado da atleta na primeira edição dos Jogos Pan-Americanos Júnior, em Cáli, em 2021. Como campeã continental no individual geral, a atleta assegurou vaga nos Jogos Pan-Americanos (adultos) de Santiago-2023.
“Esse título da Maria Eduarda em Cáli deu a ela uma condição muito boa. Ela amplia seus horizontes. É sempre muito difícil essa transição da categoria juvenil para a adulta. É uma atleta ainda muito jovem que vai ter que competir com adversárias que estão há quatro, cinco anos na categoria adulta. Essa ginasta está sendo agraciada com essa grande oportunidade de preparar suas séries num centro importantíssimo da GR mundial”, disse Márcia.
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Maria Eduarda é desde já considerada uma grande aposta no processo de renovação da Seleção adulta, que é constante. “Ela é uma atleta muito talentosa, que vem apresentando expressiva evolução desde as categorias menores. Tem muita disciplina, vontade e aplicação, e é orientada por uma treinadora que tem todas essas virtudes e é muito criativa”, acrescenta a Coordenadora.