Depois de ficar na quinta colocação na competição geral na sexta-feira, o Brasil fez história de novo ao terminar em quarto lugar na final do conjunto simples do Mundial de ginástica rítmica. As brasileiras somaram 33,350 pontos e ficaram atrás apenas da campeã Itália (34,950), de Israel (34,050), que ficou com a prata, e Espanha (33,800), que conquistou o bronze.
Que apresentação maravilhosa! 😍
— Time Brasil (@timebrasil) September 18, 2022
4° lugar histórico, melhor resultado do 🇧🇷 em Mundiais de Ginástica Rítmica pic.twitter.com/Gxcg0iVLvL
Na classificatória do conjunto simples, o Brasil tinha ficado em quinto lugar com 33,550 pontos e, apesar de não ter conseguido repetir o mesmo desempenho da estreia, acabou subindo uma posição. Isso aconteceu porque a Hungria, dona da casa, que tinha sido a quarta colocada no primeiro dia da competição, cometeu muitos erros na final e terminou na oitava colocação.
Um depoimento sincero e emocionado, à altura da campanha INCRÍVEL da nossa Seleção de Ginástica Rítmica nesse Campeonato Mundial! 🫶🏻💚🥹 pic.twitter.com/kttQYt16ML
— Confederação Brasileira de Ginástica (@cbginastica) September 18, 2022
Frutos do trabalho de 11 anos
“A gente está superfeliz e realizada com esse quarto lugar, que tem até um gostinho de bronze. Provamos desta vez que é possível chegarmos lá. São muitos anos de trabalho duro. Essas meninas são fora de série. Trabalhamos muito para chegar aqui e fazer história e fizemos mesmo. Agora é comemorar”, afirmou a técnica Camila Ferezin, que assumiu o cargo em 2011.
ESSE é o clima do nosso conjunto logo após essa série FANTÁSTICA na final de 5️⃣ arcos:
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GRATIDÃO TOTAL! 😭😭😭
33.350 na final de arcos! pic.twitter.com/nbp22nSn1C
Déborah Medrado, uma das mais experientes do grupo, aos 20 anos de idade, enfatizou todo o esforço da seleção para alcançar o resultado no Mundial de ginástica artística. “O nosso sentimento é de muita gratidão, de muita felicidade. Só Deus sabe o tanto de coisas às quais tivemos que abdicar, o quanto a gente se doou, o quanto a gente se entregou pra este campeonato e pra trazer resultados inéditos para o Brasil. Nós somos o melhor conjunto da história do Brasil e estamos muito, muito, muito felizes por fazer história para o nosso País”, disse a capixaba. “Nós somos agora uma potência mundial na ginástica rítmica. Estamos chegando lá. Tudo isso é fruto de muita superação, resiliência, união, foco. É o momento mais emocionante da minha vida”.
Brasil virou potência
Capitã da equipe, Maria Eduarda Arakaki, a Duda, destacou a importância de toda a campanha. No sábado (17), o Brasil ficou em quinto lugar no geral (soma das séries mista e simples). É essa classificação que define o pódio olímpico. “A gente chegar aqui e provar que o Brasil é uma potência na ginástica rítmica, para nós não tem preço. Foi por muito pouco que não conquistamos uma medalha. Esses resultados são fruto de um trabalho de anos. Temos nos dedicado muito para buscar essa evolução, e saímos daqui com a sensação do dever cumprido. Demos todo o nosso coração e toda a nossa alma”, afirmou a ginasta alagoana.
História
O Brasil participa dos Mundiais nos conjuntos desde a sexta edição, disputada em 1973, em Roterdã, na Holanda. As disputas de conjuntos foram introduzidas na programação na terceira edição do evento, em 1967, em Copenhague, na Dinamarca.
Antes de Sófia, o melhor resultado do Brasil numa série específica (simples ou mista) havia sido o sétimo lugar registrado na série simples (cinco bolas) do Mundial de Kitakyushu, no Japão, no ano passado.
Para se ter uma ideia da importância do resultado, o Brasil deixou para trás a Bulgária, atual campeã olímpica, e mais dois finalistas nos Jogos de 2021: a China, quarta colocada em Tóquio, e o Japão, oitavo.
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Outras provas
Na final do conjunto simples do Mundial de ginástica rítmica, disputado com cinco arcos, o Brasil foi representado por Maria Eduarda Arakaki, Deborah Medrado, Gabrielle Moraes, Giovanna Oliveira, Nicole Pircio e Bárbara Urquiza.
Neste domingo aconteceu também a final do conjunto misto, três fitas e duas bolas. O Brasil, no entanto, não participou da disputa por medalhas porque terminou a classificatória na décima colocação.
Além das competições do conjunto, o Brasil esteve presente na competição individual do Mundial de ginástica rítmica. Geovanna Santos teve o melhor desempenho ao ficar em 23º no individual geral, enquanto Bárbara Domingo foi a 41ª.