Mais atletas no tapete de competição, e com direito a público nas arquibancadas. As perspectivas para o Campeonato Pan-Americano de Ginástica Rítmica, que começa no próximo dia 7, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, são das melhores. Uma carga de 2 mil ingressos para cada um dos quatro dias de competição foi liberada. Para ter acesso às entradas, é preciso acessar o hotsite da competição. É possível retirar apenas um ingresso por CPF (ou passaporte, no caso de estrangeiro).
Uma das grandes atrações do Campeonato Pan-Americano de ginástica rítmica, a disputa de conjuntos, terá dez equipes, o dobro na comparação com o número do Pan de 2021. Nas disputas individuais, estão inscritas 72 ginastas. Haverá representantes da Argentina, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Estados Unidos, Guatemala, México, Peru, Porto Rico e Venezuela.
Naomi Valenzo, a presidente da UPAG (União Pan-Americana de Ginástica), destacou a qualidade do evento. “A competição tem uma excelente organização, desde a oferta de serviços, como transporte, hospedagem, alimentação, atendimento médico até detalhes como qualidade dos equipamentos de som no ginásio, auxílio do corpo de voluntários e do staff organizacional. O nível de organização supera o que se vê em muitas competições internacionais em outros continentes. Além disso, sempre é um plus contar com um público entusiasmado como é o brasileiro, o que dá um toque especial ao ambiente”.
Outra grande novidade do evento será a disputa, em paralelo, do Pan-Americano Juvenil de Ginástica Rítmica. “As juvenis têm raras oportunidades de acompanhar de perto uma competição como essa. Elas poderão observar de perto ginastas olímpicas e com experiência em Mundiais Adultos, e isso é muito importante para o crescimento delas como atletas. É um aprendizado e tanto”, afirma Márcia Aversani, presidente do Comitê Técnico de GR da UPAG (União Pan-Americana de Ginástica).
A presença do público é mais um ingrediente que deverá fazer toda a diferença. No ano passado, devido às restrições sanitárias decorrentes da pandemia, a Arena Carioca esteve vazia. “Em todo o mundo e no continente, a Ginástica Rítmica é a modalidade ginástica com o maior número de praticantes, atrás apenas da Ginástica Para Todos. E no Brasil, claro, isso não é diferente. Pelo que tenho observado nas redes sociais, as pessoas vão se esforçar para estar presentes. E quem não puder terá a chance de acompanhar as transmissões”, declarou Márcia. O evento será exibido ao vivo pelo SporTV e pelo Canal da CBG, no YouTube.
Brasil. Melhor atleta do Brasil no último Mundial, Bárbara Domingos ainda se recupera de uma cirurgia e não poderá participar do Pan. No individual, o País será representado por duas atletas um pouco mais experientes – Geovanna Santos e Ana Luisa Passos – e por duas integrantes da novíssima geração, Maria Flávia Barros de Mello e Mariana Vitória Gonçalves Pinto, que participaram da última Gymnasiade, na França.
Quanto aos conjuntos, as expectativas são elevadas. Afinal, o Brasil vem de uma inesquecível façanha em sua mais recente participação em Copa do Mundo, com a inédita conquista de uma medalha de bronze na etapa de Pesaro, na Itália, no início do mês passado.
“Com essa mudança no código de pontuação, o potencial artístico do Brasil, que sempre foi muito alto, está sendo importante na avaliação. Nosso conjunto está sendo visto de uma outra forma. Essa participação na Copa do Mundo foi histórica. É um resultado muito forte, e que abre a perspectiva de novas conquistas no futuro”, considera Márcia.