Depois de “quebrarem o gelo” na etapa de Sófia da Copa do Mundo de Ginástica Rítmica, selando hiato de competições que durou mais de um ano, Natália Gaudio e Bárbara Domingos vão à luta novamente, desta vez na capital do Uzbequistão. A competição começa nesta sexta-feira (16), com finais no domingo.
Em Tashkent, que significa “cidade de pedra”, as brasileiras vão se deparar com uma competição bastante dura. O objetivo, como se sabe, é buscar o aprimoramento das séries, visando ao Campeonato Pan-Americano, a ser disputado em junho, no Rio, e com caráter classificatório para os Jogos Olímpicos.
+Natália Gaudio e Bárbara Domingos mostram confiança na vaga olímpica
Melhor ginasta das Américas em Sófia depois das norte-americanas, que já conquistaram vagas olímpicas, Natália Gaudio vai batalhar por notas ainda melhores. Cabe lembrar que o Canadá, adversário direto do Brasil pelas vagas no individual, não enviou representantes para Sófia e para Tashkent – a expectativa é que as ginastas do país só estejam presentes na etapa de Baku (a partir de 7 de maio). “A gente quer sempre mais, busca-se sempre uma evolução. As expectativas são as mais altas. Começamos com o pé direito lá em Sófia, e agora esperamos que seja melhor ainda. Vou focar na correção dos erros que tive na primeira competição, nas séries de bola e de fita. E claro que vamos procurar melhorar ou manter os resultados no arco e nas maças, que já foram bons, mas sabemos que sempre tem margem para uma evolução”.
A treinadora da ginasta capixaba, Monika Queiroz, já adianta que Natália terá um desafio diferente em Tashkent. “Ela vai testar elementos de dificuldade novos na maça e na fita. Vamos ver qual vai ser a avaliação do júri, se serão validados”, diz a profissional, que apreciou a postura de sua pupila na Bulgária. “A Natália apresentou muita segurança no trabalho com as dificuldades corporais e teve boa presença diante da banca de arbitragem”.
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Bárbara Domingos teve que superar vários desafios em Sófia – além de ter voltado a competir depois de um afastamento de um ano e meio, a ginasta paranaense ainda sofreu uma lesão lá – um estiramento de grau 1, do qual já está plenamente recuperada. Mesmo assim, ela conseguiu a 19ª colocação em sua série de fita, que estava sendo aguardada por muita expectativa, por ser totalmente nova e executada em ritmo de samba.
“Nossa meta agora é ajustar algumas coisas que não saíram como o desejado. Como atleta, sabemos que há sempre o que melhorar, e vou tratar de lapidar vários detalhes nas próximas competições”, disse a vice-campeã dos Jogos Pan-Americanos de Lima na fita.
Márcia Naves, a treinadora de Bárbara, evita fazer grandes projeções e criar muitas expectativas. O momento, segundo ela, é de buscar uma evolução paulatina e segura. Afinal de contas, a ginasta ficou cinco meses sem poder treinar, devido a uma lesão. “A Babi estar competindo já é uma baita vitória. Essa é a nossa primeira conquista: ela estar apta a entrar no tapete e competir”.
O experiente olhar da especialista já captou uma atleta mais próxima de melhores resultados. “Em Tashkent ela já estará melhor. Claro que os erros poderão ocorrer, mas a Bárbara está mais segura e confiante”.
O que o público deverá presenciar, segundo Márcia, é uma competidora mais equilibrada sobre o tapete. “A lesão não a limita mais. Focamos na velocidade, na execução e na limpeza dos movimentos”.