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Ginástica Rítmica

Bárbara Domingos quer causar impacto com samba em nova série

A ginasta brasileira Bárbara Domingos fará suas apresentações na fita ao som do ritmo brasileiro com um collant que lembrará uma roupa de passista de escola de samba

Bárbara Domingos, atleta da ginástica rítmica, se apresentará de uma maneira bem brasileira em 2021. Vice-campeã dos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019 na fita, a atleta terá uma nova série no aparelho e a trilha sonora escolhida foi o samba. Em 2020, durante o isolamento social por conta da pandemia do coronavírus, a ginasta teve um encontro definitivo com o ritmo ao tentar aprender a tocar cavaquinho.
Bárbara Domingos ganhou a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019 (Ricardo Bufolin/Panamerica Press/CBG)

Bárbara Domingos, atleta da ginástica rítmica, se apresentará de uma maneira bem brasileira em 2021. Vice-campeã dos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019 na fita, a atleta terá uma nova série no aparelho e a trilha sonora escolhida foi o samba. Em 2020, durante o isolamento social por conta da pandemia do coronavírus, a ginasta teve um encontro definitivo com o ritmo ao tentar aprender a tocar cavaquinho.

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O instrumento pertence ao irmão de Bárbara Domingos, grande fã de samba e pagode, mas ela não foi bem-sucedida na experiência como música. “É muito difícil”, disse a ginasta, que é responsável pela melhor colocação do Brasil nas disputas no Individual Geral em Campeonatos Mundiais. “Estou bem otimista. Todas as minhas séries estão muito fortes”, completou a atleta da ginástica rítmica.

‘A Babi é a cara do Brasil’

Bárbara Domingos tem como principal aparelho a fita (Ricardo Bufolin/Panamerica Press/CBG)
Bárbara Domingos tem como principal aparelho a fita (Ricardo Bufolin/Panamerica Press/CBG)

Bárbara Domingos tentará vaga no Pan-Americano da modalidade, que será em maio, nos Estados Unidos. A técnica Marcia Naves comentou sobre a ideia de montar a coreografia da ginasta com base no ritmo brasileiro. “A Babi já estava há dois anos com a mesma série de fita e queríamos mudar, mas estava difícil encontrar um samba bom, que encaixasse. Aí decidimos encomendar uma trilha para um produtor musical”, disse.

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“O trabalho está em curso. Contratamos uma professora de samba para nos ajudar. Achamos que tem tudo para dar certo. Afinal de contas, a Babi é a cara do Brasil”, completou a treinadora. O escolhido para a tarefa foi o produtor musical Marcelo Vig. Baterista de origem, ele integrou na década de 90 a banda Tantra. No Brasil, trabalhou com Gilberto Gil, Lenine, Lobão e Marina. Já no exterior, tocou para Avril Lavigne, Eminem e Will Smith.

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No esporte, Marcelo Vig foi o produtor musical na Rio-2016 nas disputas do badminton. “Foi uma experiência bacana. O esporte é um evento para a família e a gente precisa se comunicar com o mundo inteiro”, destacou o músico. “O ritmo musical, no caso, o samba, é o que dará identidade para a coreografia. Mas o beat faz a conexão com o público internacional e os jurados”, afirmou o compositor.

Samba e coreografia

Bárbara Domingos é um dos nomes de destaque da ginástica rítmica do Brasil (Ricardo Bufolin/Panamerica Press/CBG)
Bárbara Domingos é um dos nomes de destaque da ginástica rítmica do Brasil (Ricardo Bufolin/Panamerica Press/CBG)

Para elaborar a coreografia, foi convocado Rhony Ferreira, que consagrou Daiane dos Santos no Mundial de 2003, ao som da salsa Para Los Rumberos, e aquela em que a atleta ganhou medalhas em etapas da Copa do Mundo, embalada por Brasileirinho. “A montagem de uma trilha sonora é uma cirurgia: a gente precisa cortar aqui, puxar ali. E desta vez tive que pedir as coisas ao produtor remotamente, o que adicionou complexidade”, relatou Rhony Ferreira.

A bateria da Enamorados do Samba, campeã do Carnaval de Curitiba em 2020, participará da gravação da trilha. E a roupa de Bárbara Domingos lembrará a de uma passista. “Montar uma trilha significa vestir de música os movimentos de uma ginasta. Essas grandes competições, como Mundiais, Jogos Pan-Americanos e Olimpíadas são uma janela aberta para o mundo. Temos a oportunidade de mostrar nossas raízes, nossa cultura”, apontou Rhony Ferreira.

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“Como temos uma ginasta capaz de sambar, sorrir e empolgar, por que não usarmos tudo isso a nosso favor? Teremos uma coreografia que vai casar bem com as características da personalidade da Bárbara. E o collant dela vai lembrar uma roupa de passista de escola de samba, remetendo ao nosso Carnaval”, concluiu o coreógrafo. Bárbara Domingos, de 20 anos, foi campeã na fita no Campeonato Sul-Americano de 2018 e 2019.

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