Silencioso por meses, o Centro de Treinamento da seleção brasileira de conjunto de ginástica rítmica ganhou vida com o retorno das atletas, que treinaram durante dois meses em Portugal, na Missão Europa. Foram realizados testes de preparação físicos, isocinética, cinemática 3D, termografia, avaliação nutricional e da composição corporal.
No centro, localizado em Aracaju, já se trabalha com o planejamento que visa à conquista de vaga olímpica para Tóquio em 2021. Os 20 membros da equipe interdisciplinar coletam indicadores que vão funcionar como parâmetro para o desenvolvimento das atividades.
“Já estamos entre os melhores do mundo, então são detalhes que irão fazer a diferença para subirmos mais posições. Hoje com toda a equipe interdisciplinar que formamos, conseguimos cuidar ao máximo da saúde das ginastas para que elas atinjam os melhores índices de performance possíveis”, explica a treinadora da seleção brasileira de ginástica rítmica, Camila Ferezin.
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O cronograma prevê rotina de preparação entre outubro e fevereiro. No segundo mês do ano, é possível que a seleção brasileira de ginástica rítmica participe de algumas competições amistosas.
Testes e nutrição
O preparador físico João Henrique Gomes aplicou uma série de testes para verificar flexibilidade, força máxima, potência muscular, velocidade, agilidade, resistência de força e capacidade aeróbia das atletas.
“Os testes têm a capacidade de identificar possíveis deficiências. A partir da análise de cada variável vamos focar o trabalho na melhora de quem estiver aquém, sem perder de vista a manutenção das ginastas que já estão em boas condições físicas”.
Ao mesmo tempo dos testes de preparação, a nutricionista Renata Rebello vai colhendo parâmetros. “Elas estão muito bem. Conseguiram ganhar massa muscular em Portugal. Fiquei bastante satisfeita com essa primeira etapa da avaliação. Na próxima semana haverá a coleta de exames de sangue, e os resultados vão ser levados em conta na construção dos planos alimentares”.
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À medida em que forem ficando prontos os planos semanais de treinos técnicos e físicos, Renata vai atuar na formulação dos planos alimentares. Uma das metas é fornecer a quantidade de combustível adequada para a perseguição da vaga olímpica, nem mais, nem menos.
“A ideia é fortalecer ainda mais as ginastas, com foco em prevenção de lesões. Queremos chegar a uma composição corporal adequada, para que possam treinar sem sobrecarga de peso e tenham condições de desenvolver movimentos perfeitos”, explica a nutricionista, também atenta à parte psicológica das atletas da seleção brasileira.
“A frequência de casos de transtorno alimentar é maior em atletas do que em indivíduos comuns, porque o corpo do esportista é sua principal ferramenta. Quando os atletas se deparam com objetivos inatingíveis, decorrem pressões e cobranças muito severas, que podem dar origem a transtornos psiquiátricos.
No final, a final
Com todos esses testes de preparação e esforços somados, a confiança de que 2021 poderá ser um ano histórico cresce. Camila Ferezin não fala “apenas” em conquista da vaga olímpica do conjunto da ginástica rítmica.
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“Nosso objetivo é seguirmos o planejamento de treinamentos com foco na preparação física, técnica, tática, mental e nutricional das ginastas para a conquista da vaga olímpica no evento classificatório que vai ocorrer em maio 2021. Depois vamos em busca da final nos Jogos Olímpicos de Tóquio”.