A pandemia do novo coronavírus trouxe às confederações esportivas novas necessidades para criar atividades que se adequassem a um contexto de isolamento social orientado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), por exemplo, ofereceu treinos online de ginástica rítmica (GR) de alto nível voltados para praticantes com 9 ou 10 anos de idade e obteve bons resultados.
As atividades foram grátis, tiveram carga horária de 20 horas e envolveram 126 ginastas, 207 treinadores e um staff de 32 profissionais. Um total de 108 entidades aderiu a ideia da CBG, incluindo as 24 federações estaduais de ginástica existentes e também representantes dos únicos três estados que ainda não contam com entidades federadas: Acre, Amapá e Mato Grosso.
Flavia Zelinda, professora de GR em Mato Grosso, festejou a oportunidade de ter acesso a conteúdo ministrado por treinadoras da seleção brasileira. Sob o olhar atento das crianças, os movimentos eram executados por ginastas do quilate de Natália Gaudio e Bárbara Domingos.
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“Os cursos presenciais não costumam ser baratos. E ainda temos que arcar com despesas de passagens, hospedagem e alimentação. É claro que a atividade online não substitui integralmente a presencial, mas diria que uns 60% do aprendizado podem ser transmitidos dessa forma”, diz a educadora, responsável por movimentar 110 crianças e adolescentes dos 5 aos 17 anos em Sinop, importante polo do agronegócio no norte do estado.
Angelita Pereira dos Santos da Conceição, professora de Metodologia da Ginástica Rítmica Escolar na Universidade Federal do Acre, também elogiou a iniciativa da Confederação.
“Sou muito grata à CBG e às treinadoras e atletas da seleção. Elas nos transmitiram os conteúdos com muita didática, paciência e zelo conosco e com nossas pequenas”.
Vem mais por aí…
Satisfeita com os benefícios propiciados pela atividade, Renata Teixeira, coordenadora do Comitê Técnico de GR da CBG, acredita que novas atividades online virão, com ou sem pandemia no ar.
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“Nós, do esporte, sempre tivemos o hábito de realizar treinamentos presenciais, que são mais efetivos, sem dúvida. Essa atividade foi pensada para mitigar os efeitos da pandemia, manter as crianças treinando. Mas nada impede que a gente repita esse formato, que reuniu nossa comunidade e envolveu todos os estados da federação”.
Camila Ferezin, Coordenadora de Seleções da GR e Treinadora da Seleção de Conjunto, acrescenta: “a partir de um problema que encaramos, criamos uma grande oportunidade. Nessas últimas semanas conseguimos reunir toda a comunidade da Ginástica Rítmica do país em torno dos treinamentos virtuais. Dessa forma minimizamos os impactos causados pela pandemia, continuamos desenvolvendo a modalidade com excelência e principalmente motivamos nossos ginastas e treinadores”.
