O Brasil terminou com saldo positivo sua participação na World Challenge Cup de Ginástica Rítmica, encerrada neste domingo (5) em Guadalajara, na Espanha. A Seleção Brasileira conseguiu melhorar em relação à qualificação na prova mista (três arcos e dois pares de maças), alcançando 20,700 na final e terminando na sexta colocação. Na final das cinco bolas, o Brasil ficou em oitavo lugar, com a nota 17,600.
O resultado nesta etapa da Copa do Mundo comprovou a evolução da Seleção Brasileira, que disputou apenas sua segunda competição internacional na Espanha este ano. Com um time muito renovado e de apenas 17,8 anos de média de idade, a mais nova equipe na história da Seleção conquistou a torcida espanhola. Durante a apresentação na final mista, em várias ocasiões o público aplaudiu os movimentos das brasileiras. A nota 20,700 comprovou o bom desempenho, superando o 20,000 obtido no qualificatório.
Em relação aos adversários das Américas, o Brasil só não conseguiu ficar à frente do México, que fez uma série fortíssima, com alta dificuldade e teve nota final de 22,450, terminando em quinto lugar. Já a equipe dos Estados Unidos ficou em sétimo, com 19,400, bem atrás das brasileiras. No misto, o Brasil competiu com Débora Medrado, Nicole Duarte, Camila Rossi, Morgana Gmach e Vitória Borges.
Mais cedo, a Seleção disputou a final das cinco bolas e não conseguiu repetir a ótima atuação da sexta-feira (4), quando se qualificou com a nota 20,300. Mesmo sem perder pontos por penalização, as meninas tiraram 17,600 e ficaram na oitava posição. A formação brasileira nesta final foi com Débora Medrado, Nicole Duarte, Camila Rossi, Morgana Gmach e Beatriz Linhares.
Na final de bolas, o título ficou com a Rússia (nota 25,850), enquanto na mista o ouro foi da Bulgária (25,300).
Para a treinadora e Coordenadora das Seleções de Ginástica Rítmica da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica), Camila Ferezin, a campanha do Brasil em Guadalajara foi excelente. “Para uma equipe com tão pouca experiência internacional, foi fundamental nossa participação nestas duas etapas de Copa do Mundo. Mostramos uma enorme evolução de Baku para cá, e isso se refletiu nas notas que tivemos neste final de semana”, disse Camila, que também destacou a baixa média de idade da Seleção.
“É a mais jovem equipe adulta da Ginástica Rítmica do Brasil, algumas nem chegaram a disputar um Campeonato Brasileiro adulto. Mas elas deram conta do recado e mostraram que estamos no caminho certo em busca de nossas metas neste ano, que são o Pan-Americano de Lima e a conquista de uma vaga olímpica no Mundial de Baku, no Azerbaijão”, disse Camila.
Arbitragem
Além das ginastas da Seleção Brasileira, a Ginástica Rítmica do Brasil foi representada nesta Copa do Mundo pelo árbitro Leonardo Palitot Mello. Segundo ele, o nível da arbitragem nas duas etapas realizadas nas últimas semanas (Baku e Guadalajara) foi muito alto.
“A arbitragem em etapas de Copa do Mundo é sempre de alto nível. Em Baku estavam os árbitros com os maiores brevets, aqueles que acompanham as suas equipes nos eventos mais importantes. Além disso, a russa Natalia Kuzmina, presidente do Comitê Técnico da FIG (Federação Internacional de Ginástica) foi quem dirigiu a competição. Em Guadalajara não foi diferente, mas dessa vez Maria Gigova, da Bulgária, também do Comitê Técnico, era quem estava coordenando a banca”, afirmou Leonardo. Segundo ele, a participação do Brasil foi bem avaliada de modo geral.
“O Brasil se saiu muito bem. A evolução para a Copa do Mundo de Guadalajara foi visível. Conseguimos duas finais e subir as nossas notas. Recebemos vários elogios dos árbitros, de que as coreografias são bonitas e artísticas. Já temos planos para aumentar nossa nota de dificuldade, sem perder a nossa essência coreográfica”, afirmou o árbitro brasileiro.