Medalha de bronze no solo nos Jogos do Rio de Janeiro, Arthur Nory participou na quarta-feira do live na página do Olimpíada Todo Dia no facebook, respondendo também a várias perguntas feitas por fãs e seguidores do portal. Em uma delas, a resposta foi surpreendente. O ginasta revelou o desejo de, no futuro, disputar uma Olimpíada de Inverno.
Veja como foi o live com Arthur Nory na página do Olimpíada Todo Dia no facebook.
“Era um segredo, mas, já que ela perguntou, vamos contar. Sempre pensei em disputar a Olimpíada por duas modalidades diferentes, sempre passou pela minha cabeça ir para uma Olimpíada de Inverno, mas o esporte que eu queria era o curling. Sério! Sempre pensei que depois da ginástica eu iria para o curling”, respondeu Nory, que avisou:
“Próximo time do Brasil (de curling) que montar, pensando em 2026, pode contar com o Nory. Isso é bem para o futuro. Lanço a ideia brincando, mas quem sabe a brincadeira vira verdade”, explicou o entrevistado, dizendo que a modalidade seria uma boa porque ele não dependeria mais de suas habilidades de ginasta. “Eu nem sei como eu vou estar fisicamente em 2026 (risos). Mas acho que pelo menos para dar uma varridinha eu consigo”, brincou.
Os fãs de Arthur Nory, no entanto, podem ficar tranquilos porque o ginasta vai se dedicar cada vez mais na ginástica nos próximos anos. Depois do bronze conquistado no Rio de Janeiro, ele quer subir mais dois degraus no pódio em Tóquio. “Meu maior desejo é ser campeão olímpico. Eu ainda quero o individual geral. Preciso me manter bem como generalista e focar muito na barra e no solo. Acho que tenho chance. Vou ter que trabalhar bastante para isso”.
O começo do ciclo olímpico para 2020, no entanto, tem sido de recuperação por causa da lesões acumuladas ao longo do ciclo anterior. Arthur Nory passou por duas cirurgias e só deve voltar a competir no segundo semestre. “Fiz uma cirurgia no ombro e outra no tornozelo. Estou em recuperação e é um processo demorado porque eu operei o tendão do ombro. É necessário no mínimo três meses para cicatrizar o tendão. Então, eu preciso de paciência porque sou um cara que gosta muito de treinar e de estar ativo. Mas já estou voltando ao ginásio, já tenho movimento e estou ganhando força”, explicou o medalhista de bronze.
A volta deve acontecer no Campeonato Brasileiro, marcado para agosto. O ginasta deve também competir em algumas etapas da Copa do Mundo antes do Mundial de ginástica, que será disputado em outubro, no Canadá, e que é o principal objetivo do ano.
“É um ano de adaptação porque o código da ginástica muda a cada ciclo. Agora, temos um código novo e tomo mundo o está estudando e se adaptando às novas regras. Mudaram alguns critérios de adaptação. Antes, a gente via a galera tirando 15 e muito de nota, mas agora vai tirar um pouco menos. Baixou para todo mundo. Além disso, antigamente eram cinco exigências para a composição de cada nota e agora caiu para quatro”, explica Arthur Nory, que acredita que possa ter se beneficiado com as modificações. “Na barra, alguns elementos que eu já faço subiram de valor”, contou.
Além das modificações no sistema de pontuação, houve modificação nas coordenação das Seleções Brasileiras de ginástica olímpica. Técnico de Arthur Zanett e de Diego Hypolito, Marcos Goto vai assumir a direção tanto do masculino, quanto do feminino, novidade que Arthur Nory vê com bons olhos. “Ele é super profissional, super competente e cobra bastante. Vai ser muito bom para a ginástica masculina e também para a feminina”, acredita.