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Ginástica Artística

Brasil quer se acostumar com os aparelhos de competição

Equipe brasileira de Ginástica Artística que disputa os Jogos Sul-Americanos de Cochabamba tem como objetivo se preparar, treinar e se acostumar com os aparelhos usados na competição

A delegação brasileira de ginástica artística tem uma missão clara durante os Jogos Sul-Americanos que começam neste sábado (26.05) em Cochabamba, na Bolívia. Os brasileiros desejam aproveitar ao máximo o evento continental para treinar, testar séries e competir nos novos equipamentos que, até então, um grupo pequenos de atletas do mundo tiveram a oportunidade de usar. Os aparelhos são os mesmos que os principais ginastas do planeta irão competir o Campeonato Mundial de Ginástica Artística 2018, que será disputado entre os dias 15 de outubro e 3 de novembro, em Doha, no Catar.

“Esses aparelhos são da marca nova TaiShan e serão os mesmos que iremos competir no Campeonato Mundial. Por isso que estamos com equipe completa aqui. O nosso foco nesta temporada é o Mundial. Estamos nos preparando bastante para chegar muito bem no Catar. Aqui na Bolívia será muito bom para poder acostumar com os aparelhos, pois eu nunca tinha treinado e nem competido neles. A minha primeira impressão foi boa, estou gostando bastante”, analisou Flávia Saraiva, 18 anos.

Mesmo com passagens em megaeventos como Jogos Olímpicos da Juventude 2014 e Jogos Olímpicos do Rio 2016, Flávia Saraiva fará a sua estreia em Jogos Sul-Americanos. Na última edição do evento, em 2014, a ginasta não tinha idade mínima para representar o país. “Estou feliz. Espero que todas as meninas tenham uma apresentação incrível, porque treinamos muito para estar aqui. Desejo que a gente possa se divertir, competir com alegria e dar o nosso melhor, que é o mais importante. Mesmo nunca tendo disputado o evento, eu já conheço todas as minhas adversárias, pois competimos juntas desde os meus 13 anos. Tenho até certa amizade com muitas delas”, completou Flávia.

As provas de ginástica começam neste domingo (27.05), com as provas masculinas all around e por equipes. Na primeira rotação, o Brasil compete no solo, depois parte para o cavalo com alças, argolas, salto, paralelas e barra fixa. Arthur Zanetti, campeão olímpico em Londres 2012 e prata nos Jogos Rio 2016, é o “capitão” do time brasileiro, que mescla atletas experientes, como Jade Barbosa, e novatos, como Thaís Fidelis e Carolyne Pedro.

Ao todo, o Time Brasil de ginástica artística conta com 12 atletas. Da equipe, dez recebem apoio financeiro do programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte, dos quais cinco são Bolsa Pódio – categoria mais alta do programa.

Arthur Zanetti compete em Cochabamba neste domingo. O campeão olímpico vai disputar as provas das argolas, solo e salto, na busca por uma final na decisão por aparelhos. “Meu objetivo é conseguir um bom resultado nas argolas, como sempre, mas pelas competições que venho fazendo desde o ano passado, o solo está indo bem e também estou fazendo um salto novo. Quero, se der, pegar uma final nesses dois aparelhos e conseguir uma medalhinha ao menos na competição. Nas argolas, vou fazer a mesma série, não vou mudar nada agora – ainda estamos analisando se vamos alterar algo para o Mundial. Desta vez, vou focar na execução, na limpeza da série”, revelou Arthur Zanetti.

A Seleção Feminina inicia a disputa na segunda-feira (28.05). As atletas fazem parte da primeira subdivisão, com início às 15h30, e também no primeiro dia terão a definição das medalhas no all around e por equipe, além da classificação por aparelhos.

A adaptação aos novos aparelhos não serão os únicos adversários dos brasileiros. A altitude e a baixa temperatura da cidade boliviana chamam atenção dos atletas. “A altitude para nós é uma dificuldade, mas fomos pegos de surpresa mesmo com o frio, nem nós nem os outros países esperavam que iria ser tão frio. Quem está treinando no período da manhã teve dificuldade, porque está muito frio”, explicou Marcos Goto, chefe da equipe de ginástica.

Equipe em Cochabamba

A ginástica artística masculina e feminina é representada por alguns dos melhores atletas da atualidade e outras jovens promessas. Além de Zanetti, a delegação masculina conta com Caio Souza, Francisco Barretto Júnior, Leonardo Souza, Luís Porto e Péricles Silva, com os técnicos Cristiano Albino e Ricardo Yokoyama. No feminino, Anna Júlia Reis, Carolyne Pedro, Jade Barbosa, Luiza Domingues e Thaís Fidelis fazem companhia a Flávia Saraiva.

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