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Com prata no geral, Rebeca vira a brasileira com mais medalhas

Rebeca Andrade ficou em segundo lugar no individual geral e ganhou a sua quarta medalha olímpica, passando Mayra Aguiar e Fofão

Rebeca Andrade na final do individual geral nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
(Foto: Ricardo Bufolin/CBG)

Novamente, Rebeca Andrade fez história em Jogos Olímpicos. Em Tóquio-2020, ela já havia se tornado a primeira mulher brasileira a ganhar duas medalhas em uma mesma edição dos Jogos Olímpicos. E nesta quinta-feira (1º), ela repetiu o feito com a prata no individual geral em Paris-2024. Além disso, Rebeca também se tornou a brasileira com mais medalhas olímpicas na carreira. O pódio da prova também teve as estadunidenses Simone Biles, com o ouro, e Sunisa Lee em terceiro lugar.

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Rebeca Andrade agora tem quatro medalhas olímpicas: ouro no salto em Tóquio-2020, duas pratas no individual geral (2020 e 2024), além do bronze por equipes conquistado dois dias atrás em Paris. Assim, ela ultrapassou Fofão e Mayra Aguiar e se tornou a mulher do Brasil com mais medalhas olímpicas. E ela ainda terá outras três finais na capital francesa para tentar ultrapassar os iatistas Torben Grael e Robert Scheidt que têm cinco medalhas cada.

Como foi a final

A expectativa para a final era de um duelo entre Simone Biles e Rebeca Andrade pelo ouro. A norte-americana, considerada a maior ginasta de todos os tempos, era a grande favorita para a medalha de ouro. Mas Rebeca chegou em Paris como a maior ameaça para o domínio de Biles na última década. A brasileira começou apresentando um Cheng (entrada de rondada com meia volta, seguida de pirueta e meia para frente). O salto foi cravado, mas com um leve desvio de direção, recebendo nota 15.100. Enquanto isso, Simone Biles fez o Yurchenko Duplo Carpado, o salto mais difícil do código de pontuação, tirando 15.766.

Na sequência, o grupo da dupla foi para as barras assimétricas, onde Rebeca Andrade fez uma ótima série, tirando 14.666. Já Simone Biles, em seu aparelho mais fraco, teve um erro grande em uma transição entre as barras, tendo uma dedução quase equivalente a uma queda, conseguindo apenas 13.733 pontos. Em seguida, na trave, Rebeca cravou sua série para tirar 14.133, enquanto Simone Biles fez uma prova muito sólida para tirar 14.566 pontos.

Na rotação final, elas foram para o solo. Rebeca Andrade apresentou deu um verdadeiro show no aparelho, ao som de Beyoncé e Anitta. A brasileira fez boas acrobacias, tendo apenas um passo para fora da área do solo, e mostrou uma ótima coreografia, montada por Rhony Ferreira, para tirar 14.033 pontos. Simone Biles não tem a dança como seu ponto forte. Mas compensou com uma prova de altíssimo grau de dificuldade, com acrobacias extremamente difíceis para conseguir 15.066 pontos.

No total, Biles somou 59.131, enquanto Rebeca Andrade teve 57.932. A disputa pelo bronze ficou entre Sunisa Lee, dos Estados Unidos, Kaylia Nemour, da Argélia, e Alice D’Amato, da Itália. As três chegaram na última rotação, no solo, separadas por apenas um décimo. Mas quem acabou levando a melhor foi a norte-americana, que foi campeã em Tóquio-2020. Lee conseguiu um total de 56.465 pontos, impulsionada pelo 14.866 das barras e o 14.000 da trave.

Flavinha encerra participação em Paris

O Brasil também teve Flávia Saraiva na disputa do individual geral. Ela sofreu um corte no supercílio na final por equipes, mas conseguiu se recuperar a tempo para participar da final. Flavinha começou pelas barras assimétricas, onde acertou sua prova para tirar 13.900, a segunda melhor nota da carreira da ginasta no aparelho. Em seguida, ela passou pela trave, onde fez sua melhor série no aparelho em Paris, somando 14.266. No solo, Flávia Saraiva encantou mais uma vez com o seu “Can Can”, mas teve uma queda na sua segunda acrobacia, tirando 12.233. Para encerrar, um bom Yurchenko com dupla pirueta que recebeu nota 13.633. No total, Flávia Saraiva teve 54.032 pontos, terminando na nona posição.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e viciado em esportes

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