Paris – Um bom generalista, Diogo Soares tem como foco principal na ginástica artística a disputa do individual geral. Nas categorias de base, o ginasta já se destacava na prova e até ganhou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude de 2018. Mas na categoria adulta, o nível é mais alto e Diogo sabia que tinha poucas chances de medalha em Paris. E ele aproveitou a final na França para testar elementos novos, já pensando no próximo ciclo olímpico.
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Durante a final do individual geral, Diogo Soares tentou aumentar a sua nota de dificuldade em todos os aparelhos, menos no solo. Com isso, ele teve alguns erros de execução e não conseguiu suas melhores pontuações. Já que o ginasta tinha poucas chances de medalha, a ideia dele e do técnico Daniel Biscalchin era de utilizar a final para testar esses elementos novos. “Eu me classifiquei em 19º, fazendo séries seguras para tentar a classificação. E final é final. Então às vezes pular de 19º pra 15º ia agregar muito. Então, dessa forma, a gente decidiu colocar exercícios difíceis, testar pra ver como é que a gente ia se sai. E eu acho que esse objetivo foi concluído, a gente conseguiu fazer muitas coisas. Eu fiz série da argola, série da barra, que eu nunca fiz na vida e estou muito contente com isso”, explicou o ginasta.
Visualizando a medalha
Mas após o desempenho dessa final, acertando as versões mais difíceis de suas séries, principalmente na barra fixa, trouxe uma nova perspectiva para o ginasta, que agora sabe que tem um aparelho onde pode brigar por medalhas no futuro em Mundiais e Jogos Olímpicos. “Eu vou sair dessa competição acho que visualizando a medalha olímpica como nunca. Eu olhava, mas eu nunca senti ela e hoje em dia eu sinto ela perto de mim”, afirmou o ginasta.
Se inspirando no japonês Hashimoto Daiki, campeão olímpico da barra fixa em Tóquio-2020, Diogo Soares foi atrás de aprender os elementos que o ginasta do Japão faz no aparelho. E ele apresentou uma parte deles na final do individual geral em Paris. “O Hashimoto é uma pessoa que eu me espelhei muito, pelo corpo da série ser bem parecido. Então todos os elementos que ele faz na série eu faço. Só falta a gente conseguir trabalhar e implementar isso porque treino é uma coisa e competição é outra. E vamos buscar o máximo que a gente conseguir, seja na barra fixa ou nas paralelas”, explicou o ginasta.
Mesmo sem conseguir uma boa colocação ao final, Diogo Soares sai de Paris satisfeito com o que apresentou. “Eu conversei com meu treinador e falei que estamos aqui para testar essas coisas novas. A gente tem que sair daqui com sonhos e vendo que a gente é capaz de estar aqui. E foi o que fizemos.”, finalizou.