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Kaylia Nemour em busca da primeira medalha africana na ginástica

Argelina Kaylia Nemour tem boas chances para se tornar a primeira medalhista olímpica do continente africano na ginástica artística

Kaliya Nemour quer um pódio nas barras assimétricas em Paris-2024
(Foto: FIG)

Paris – O continente africano pode conseguir um resultado histórico na ginástica artística nos Jogos Olímpicos Paris-2024. A argelina Kaylia Nemour é a atual vice-campeã mundial das barras assimétricas. Nascida na França, mas filha de pai argelino, ela competia nas categorias de base pelo país europeu. Mas após uma série de problemas com a Federação Francesa de ginástica, ela optou por competir pela Argélia a agora pode ter um resultado inédito em Paris.

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Os problemas de Nemour com a Federação Francesa começaram em 2021, quando eles definiram que as ginastas da seleção só poderiam treinar em dois centros nacionais de ginástica na França, tendo que deixar os seus clubes. Mas ao mesmo tempo, a federação também autorizou a sua principal estrela, Melanie de Jesus dos Santos a treinar nos Estados Unidos, no mesmo clube de Simone Biles.

Em seguida, após uma lesão, Nemour foi liberada para competir por seu médico pessoal, mas não teve autorização do médico da federação francesa. Essa foi a gota d’água para que Nemour optasse por competir pela Argélia.

Quando um ginasta troca de país, ele tem que ficar um ano sem competir, a não ser que ele receba autorização da sua federação antiga. E a França só foi liberar Kaylia Nemour após uma grande pressão pública, com ela quase perdendo o Campeonato Africano do ano passado, que era classificatório para o Mundial. Na principal competição do ano, ela ganhou a prata nas barras assimétricas, a primeira de uma ginasta da África.

Crescimento em 2024

Para além das barras assimétricas, Kaylia Nemour também deve brigar pelo pódio em outras provas. “O primeiro passo é a qualificação. Espero pegar várias finais. Claro que o primeiro objetivo são as barras, mas também quero competir nas finais de trave e do individual geral”, afirmou a ginasta em entrevista ao OTD.

Kaylia Nemour tem uma série de tirar o fôlego nas barras assimétricas, com praticamente todos os elementos ligados, conseguindo passar dos sete pontos de dificuldade. Ela também conta com uma trave bem montada, que tem tirado acima dos 14 pontos em várias competições internacionais neste ano. Em 2024, ela também evoluiu no solo, aumentando as suas chances no individual geral.

Mas ela virou uma candidata real na disputa das generalistas com seu novo upgrade no salto. Ela fez no treino de pódio um Yurchenko com dupla pirueta, que a coloca de vez entre as principais candidatas ao pódio do individual geral. “Eu tive alguns erros, mas no geral acho que o treino foi bom. “Sobre o salto, foi um pouco complicado, porque foi a primeira vez fazendo ele para o colchão duro, mas estou muito feliz de conseguir fazê-lo”, explicou a ginasta.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e viciado em esportes

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