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Simone Biles faz salto incrível no treino de pódio em Paris

Simone Biles fez salto perfeito para coroar treino de pódio dos Estados Unidos em Paris. Equipes de Itália e China mostraram porque brigam por medalha com o Brasil

Simone Biles no treino de pódio da ginástica artística nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
OLHO NELAS!

Nesta quinta-feira (25), acontece o treino de pódio da ginástica artística feminina dos Jogos Olímpicos de Paris. É a oportunidade dos atletas fazerem um último treino para conhecerem e se acostumar com o ginásio de competição, a Arena Bercy. O grande destaque da sessão matinal foi a multi-campeã Simone Biles, que mostrou que está pronta para aumentar sua coleção dourada.

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O Time dos Estados Unidos fez uma boa passagem pelo treino de pódio. Simone Biles fez suas melhores provas na trave e no salto, onde cravou o seu famoso Yurchenko Duplo Carpado. Com o nível de execução que ela mostrou no treino, ela pode alcançar uma nota na casa dos 16 pontos com ele durante a Olimpíada (a nota máxima para esse salto é de 16.400). No solo, ela não foi tão limpa, cravando apenas o duplo esticado da última linha acrobática, mas mostrou toda a dificuldade que é sua marca registrada. Campeã do individual geral em Tóquio-2020, Sunisa Lee também fez boas séries no treino, especialmente na trave e nas paralelas, que atualmente são os seus melhores eventos.

Cecile Landi, técnica de Biles e da seleção dos Estados Unidos aprovou o treino. “O time inteiro está animado de finalmente começar os Jogos. Foi bem cansativo o processo ali do Nacional e da Seletiva, então é bom estar finalmente aqui. A Arena é linda, as meninas acharam bem aconchegante. Achei que a Simone estava ótima, mas o time todo parecia bem”, analisou a treinadora, que se disse aliviada em ver Simone Biles bem após tudo que aconteceu com ela em Tóquio.

De olho nos rivais

Além dos Estados Unidos, o treino dessa manhã contou também com as equipes de Itália e China. Os três países são os principais adversários do Brasil na disputa por equipes em Paris-2024. Dentro do continenta americano, a relação entre os dois times é bastante amigável. “Sempre que a gente se encontra é oi e sorriso para todo lado. Trocamos pin, tiramos foto juntos. É um respeito mútuo. Eles respeitam o nosso time, a gente respeita o deles. Acho que é o mínimo que atletas nesse nível deveriam fazer e é legal de ver.

A Itália está em um momento similar ao do Brasil. Desde 2019, quando elas ganharam um bronze na competição por equipes do Mundial, elas têm conseguido resultados expressivos em competições internacionais. Falta a medalha olímpica. “A Arena é bem grande e impressionante. E estamos muito felizes de estar aqui e mostra a nossa ginástica”, disse Elisa Iorio, que era parte do time em 2019. “No Mundial de Stuttgart nós conseguimos um ótimo resultado para a gente. E agora nós queremos repetir a medalha de cinco anos atrás”, completou Giorgia Villa.

Já a China tenta retornar ao pódio mundial ou olímpico da competição por equipes pela primeira vez desde 2018. País tradicional na ginástica artística, a equipe chinesa tem tido dificuldades com a consistência nos últimos anos. E isso tem custado medalhas para o time da China nas grandes competições. Em Tóquio-2020, por exemplo, duas quedas no salto na última rotação tiraram a China do pódio. O país asiático tem uma equipe forte, mas que depende de provas arriscadas na trave e nas barras assimétricas. No treino de pódio, elas passaram bem pela trave, mas tiveram algumas quedas nas barras.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e viciado em esportes

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