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Rebeca avalia Troféu Brasil e fala de possíveis surpresas em Paris

Rebeca Andrade fala sobre o seu desempenho no Troféu Brasil, rivalidade com Simone Biles e possíveis surpresas que ela pode mostrar em Paris-2024

Rebeca Andrade no Troféu Brasil. Ela irá competir daqui um mês nos Jogos Olímpicos Paris-2024
(Foto: Ricardo Bufolin/CBG)

Faltando pouco mais de um mês para os Jogos Olímpicos de Paris-2024, Rebeca Andrade fez a sua última competição antes da Olimpíada no Troféu Brasil de ginástica artística. A campeã olímpica e uma das maiores estrelas do Time Brasil em Paris conquistou duas medalhas de ouro, na trave e nas barras assimétricas. A ginasta conversou com o Olimpíada Todo Dia sobre sua nova série de trave (que já rendeu medalha), a futura disputa com Simone Biles na França e ainda indicou sobre possíveis surpresas que ela pode fazer em Paris.

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Como de costume, Rebeca Andrade não competiu em todos os aparelhos para preservar o seu corpo para os Jogos Olímpicos. Assim, a ginasta se apresentou apenas nas barras assimétricas e na trave. Nas barras, Rebeca fez a mesma série que costuma apresentar desde 2021 para garantir o seu primeiro ouro na competição. Mas na trave, a ginasta apresentou uma nova sequência acrobática que aumenta em dois décimos a sua nota de dificuldade. Mesmo com uma queda durante a prova, sua dificuldade alta e execução limpa lhe renderam o segundo ouro do dia.

“Estou muito orgulhosa de ter conseguido fazer o layout-layout que eu queria muito fazer antes de ir para a Olimpíada. Então conseguir controlar meu corpo e minha mente aqui e saber que é algo que eu consigo fazer me deixou muito feliz. Fiquei orgulhosa da minha paralela também e agora é treinar os outros aparelhos e seguir evoluindo cada vez mais”, comentou sobre o seu desempenho.

Mais confiança

Se nas últimas duas edições de Jogos Olímpicos Rebeca Andrade estava retornando de lesões, dessa vez a atleta teve um ciclo mais tranquilo, conseguindo competir sem problemas físicos. E para a ginasta, isso ajuda a aumentar a confiança na hora de tentar elementos mais difíceis para Paris-2024. “Eu estou muito feliz por não estar voltando de uma lesão. É por isso que eu me sinto mais confiante para fazer esses elementos difíceis como o layout-layout, por exemplo. Eu faço os dois layouts chegando no joelho que eu operei então só depois de cinco anos da última cirurgia que eu tive confiança para realmente fazer o movimente. Antes eu até tinha a capacidade de fazer, mas não tinha essa confiança”, explicou a ginasta que ganhou cinco medalhas no Mundial de 2023.

Tem mais novidade?

Além da nova sequência acrobática, Rebeca Andrade já postou vídeos de possíveis upgrades nas suas séries como saídas mais difíceis para a trave e as barras assimétricas, assim como alguns elementos de dança que ela poderia adicionar no seu solo. Muitos fãs de ginásticas querem saber se ela também tem treinado alguma novidade no salto. “A gente tá sempre treinando coisas novas. No salto, na trave, nas paralelas. No solo também. A gente treina e se estiver saindo bem a gente vai colocar na série. Mas obviamente a gente não vai falar porque queremos fazer surpresa e impressionar. Queremos surpreender não só o público, mas também os árbitros. Isso é muito importante e faz as pessoas te verem com outros olhos também. Então não vou contar”, brincou Rebeca.

Vale lembrar que em Tóquio ela executou pela primeira vez o “Cheng”, salto que a ajudou a ganhar o ouro olímpico e dois títulos mundiais no aparelho e que virou uma de suas marcas registradas na ginástica. Nos Jogos Pan-Americanos do ano passado, por exemplo, Rebeca apresentou o que muitos consideram o melhor Cheng da história. Agora basta esperar se ela terá um novo salto na manga para os Jogos Olímpicos Paris-2024.

Rivalidade amigável

A ginástica artística em Paris terá como principal estrela Simone Biles. A norte-americana tem sete medalhas olímpicas e é a maior campeã mundial da história da modalidade. E ela também será a principal adversária de Rebeca Andrade na Olimpíada. Apesar da rivalidade, as duas atletas sempre foram amigáveis durante as competições. O auge veio no último Campeonato Mundial com várias interações entre as ginastas que fizeram os fãs da modalidade irem à loucura, como Simone passando uma coroa imaginária para Rebeca. E a brasileira está animada para reencontrar a adversária na França.

“Eu acho que vai ser muito legal. Sempre tive um carinho muito grande pela Simone e acho que ela tem por mim também porque ela sempre me tratou super bem. E ter competido ao lado dela no ano passado foi muito diferente dos outros anos. Ela estava competindo para ela e se divertiu e foi muito legal estar ali do lado dela. A Simone é de outro mundo, então poder ter outra pessoa como ela incentivando, apoiando e sendo um espelho para as crianças é muito legal”, concluiu.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e viciado em esportes

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