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Ginástica Artística

Arthur Nory é bronze em Doha, mas não consegue vaga olímpica

Arthur Nory conquista medalha de bronze na barra fixa da Copa do Mundo de Doha, mas fica sem vaga para Paris-2024

Arthur Nory após se apresentar na final da barra fixa na Copa do Mundo de Doha de ginástica artística, em que tentou vaga olímpica
(Foto: Alexandre Loureiro/COB)

O brasileiro Arthur Nory conquistou a medalha de bronze na barra fixa da Copa do Mundo de Doha de ginástica artística, neste sábado (20). Ele chegou a cair durante sua apresentação na final, porque seu protetor de punho estourou, mas pôde reiniciar sua série e marcou 14.533. Apesar do pódio, Nory não conquistou vaga olímpica para Paris-2024. Caio Souza também foi bronze nas barras paralelas.

Doha foi a última de quatro etapas da Copa do Mundo de ginástica artística nesta temporada, após Cairo, Cottbus e Baku. O circuito serviu como classificatório olímpico para Paris-2024, em que os dois melhores atletas de cada aparelho (contando os três melhores resultados dentro dessas quatro etapas) carimbaram o passaporte para a capital francesa.

Arthur Nory chegou em Doha na quarta colocação do ranking olímpico da barra fixa, com 45 pontos, depois de ter sido finalista em Cottbus e medalhista de prata em Baku. Após a qualificatória desta última etapa, o cenário para que ele conseguisse a vaga era o seguinte: precisaria levar o ouro com nota acima de 14.867 e torcer para que o lituano Robert Tvorogal ficasse abaixo do top-3.

O brasileiro foi o último dos oito finalistas a entrar em ação. Naquele momento, o taiwanês Tang Chia-Hung era o líder, com 15.133, enquanto Robert Tvorogal aparecia em segundo, com 14.700. Assim, Nory precisava marcar acima de 15.134 para pegar a primeira colocação e garantir a vaga olímpica. O brasileiro iniciou sua série e, após seu protetor de punho estourar, caiu no chão.

Quando isto acontece, o atleta pode reiniciar a série. Nory, então, trocou o equipamento e voltou para a barra para uma segunda apresentação. Desta vez, ele foi preciso nas acrobacias, mas não realizou sua saída de maior dificuldade. O brasileiro recebeu 8.333 de execução e, com 6.2 de dificuldade, acumulou 14.533 para ficar em terceiro lugar, com o bronze, mas sem a vaga olímpica.

Brasil com dois homens em Paris

Dessa forma, o Brasil terá dois atletas na ginástica artística masculina dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Um deles será Diogo Soares, top-10 no individual geral do último Mundial. A outra vaga é de posse do país, podendo ser utilizada por qualquer atleta a partir dos critérios da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). Arthur Nory ou Caio Souza são os favoritos para ocupá-la.

Entre as mulheres, o Brasil contará com a presença de uma equipe completa. Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Júlia Soares integraram o time que foi vice-campeão mundial no ano passado. A convocação para Paris-2024 ainda não aconteceu, portanto não é possível dizer quais atletas disputarão os Jogos da capital francesa.

Caio Souza é bronze nas barras paralelas

Caio Souza cerra os punhos e vibra; ele estará na Copa do Mundo por aparelhos do Cairo de ginástica artística
Caio Souza vibra com medalha (Foto: Gaspar Nobrega/COB)

Ainda neste sábado, Caio Souza conquistou a medalha de bronze nas barras paralelas na Copa do Mundo de Doha. Sexto colocado na qualificatória, ele marcou 14.566 (6.0 de dificuldade e 8.566 de execução) para ficar na terceira posição na final e garantir sua primeira medalha desde que retornou às competições. Ele ficou seis meses afastados por conta de uma lesão no tendão de Aquiles.

Por pouco, não houve dobradinha nas barras paralelas, uma vez que Diogo Soares ficou na quarta colocação, com 14.433 (6.0 de dificuldade e 8.433 de execução). O medalhista de ouro foi o filipino Carlos Yulo, que sobrou e marcou 15.200 (6.3 de dificuldade), enquanto a prata ficou com o taiwanês Hung Yuan-Hsi, com 14.966 (6.5 de dificuldade).

Paulistano de 23 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri a Universíade de Chengdu, o Pan de Santiago-2023, a Olimpíada de Paris-2024 e a Paralimpíada de Paris-2024.

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