Por pouco, Flávia Saraiva não conseguiu um feito inédito na ginástica artística. Ela brigou até o final pela medalha de ouro no individual geral, mas ficou um décimo atrás da estadunidense Kayla Di Cello, ficando com a medalha de prata na prova. Jordan Chiles, também dos Estados Unidos, completou o pódio, enquanto Jade Barbosa foi a quarta colocada.
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Flávia foi muito bem nos três primeiros aparelhos da final do individual geral, mas alguns erros no solo fizeram com que ela tirasse uma nota baixa para o que ela costuma tirar, dando espaço para Di Cello ultrapassá-la na rotação final, com um total de 54.699, contra 54.565 de Flavinha. Jade também ficou próxima da medalha de bronze, ficando apenas seis décimos atrás de Chiles. A norte-americana somou 53.999 e Jade teve 53.333.
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“Talvez esse não era o meu momento para a medalha de ouro. Mas não vou deixar baixo não! Vou continuar lutando porque tenho mais finais aqui no Pan. É minha primeira prata individual em Jogos Pan-Americanos, eu só tinha medalhas de bronze, então ter esse resultado histórico para mim e estar entre as melhores é muito importante para mim”, analisou Flávia após o pódio.
As apresentações das brasileiras
Flávia Saraiva começou a final pelo salto sobre a mesa, onde conseguiu 13.966 pontos para o seu Yurchenko com dupla pirueta. Na segunda rotação, Flavinha passou pelas barras assimétricas, onde recebeu nota 13.533. Em seguida, a brasileira foi para a trave onde fez uma série com excelente execução para 13.866 pontos. Fechando a competição, Flávia se apresentou no solo, onde teve alguns erros na sua série, tirando apenas 12.900.
Jade Barbosa iniciou a competição pelas barras assimétricas. Ela superou a queda da qualificação e fez uma das suas melhores séries no aparelho desde que mudou a composição da sua série no início deste ano para tirar 13.100. Em seguida, Jade foi para a trave onde, melhorou em relação à qualificação, conseguindo 12.900. No solo, mais um show da brasileira, que serviu umas das melhores séries do dia no quesito artístico, somando mais 13.433 no seu total. Por fim, Jade Barbosa foi para o salto onde conseguiu 13.800 pontos para sua dupla pirueta.
“Eu estou muito contente. Fisicamente eu me sentia bem, mas eu acho que para o atleta após umas lesões duras, você precisa virar a chave. Eu estou muito realizada porque consegui desbloquear algumas memórias ruins que eu tinha na minha mente por conta de lesões que aconteceram em algumas competições. Isso é o que me deixa mais feliz, de conseguir me sentir segura em todos os dias da competição”, afirmou Jade após a final.
Briga pelo pódio
As ginastas dos Estados Unidos eram as principais adversárias das brasileiras na disputa pelas medalhas. Kayla DiCello fez uma boa competição, brigando diretamente com Flávia Saraiva pelo ouro. Ela estava em segundo lugar até a última rotação, mas fez um ótimo solo, tirando 13.733 para ultrapassar a brasileira e garantir a primeira posição. Jordan Chiles caiu nas barras assimétricas, mas foi muito bem nos outros três aparelhos para superar Jade Barbosa na disputa pelo bronze.