Uma das principais estrelas do esporte olímpico brasileiro na atualidade, Rebeca Andrade tem um currículo de peso. Além de um ouro e uma prata olímpicas, a ginasta paulista também é dona de nove medalhas em Campeonatos Mundiais, após sua coleção ganhar mais cinco itens após a ótima campanha no Mundial deste ano na Bélgica. Mas ainda tem uma competição onde a atleta busca suas primeiras medalhas: os Jogos Pan-Americanos.
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Rebeca Andrade está em seu terceiro ciclo olímpico, mas não pode participar do Pan nas últimas duas edições. Lesões no ligamento cruzado anterior do joelho a tirou de Toronto-2015 e de Lima-2019, fazendo com que sua estreia no evento viesse apenas agora em Santiago-2023. “A nossa equipe tá muito bem. Estamos felizes de poder estar participando dos Jogos Pan-Americanos. A gente tá preparada para chegar na competição e fazer o nosso melhor, assim como foi no Mundial. É um prazer estar novamente representanto o Brasil e espero que dê tudo certo”, afirmou a campeã olímpica.
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A equipe brasileira chegou em Santiago na noite do domingo (15) e já fez o seu primeiro treino em Santiago. “A gente ainda não tá fazendo todos os elementos das nossas séries, mas aos poucos vamos sentindo os aparelhos melhor. E isso para a nossa cabeça e para o nosso corpo é muito bom. Como são aparelhos novos é bom a gente chegar e ir testando. Então a gente faz esse primeiro treino mais leve e depois é paulera“, brincou Rebeca.
Quebrar a seca
Os Jogos Pan-Americanos sempre foram importantes para a ginástica artística brasileira, conquistando medalhas e revelando talentos. Mas até hoje, o Brasil tem apenas duas atletas que conquistaram a medalha de ouro no Pan na ginástica artística feminina. Luisa Parente foi a pioneira em Havana-1991, quando foi campeã no salto e nas barras assimétricas. Após 16 anos, Jade Barbosa voltou a colocar o Brasil no topo do pódio ao levar o ouro também no salto nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro em 2007. Agora, o país terá novamente uma equipe forte para tentar voltar a levar o ouro no Pan.
A equipe brasileira terá a mesma base da que foi vice-campeã mundial no início do mês. O quinteto do Brasil terá Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Julia Soares e Rebeca Andrade, assim como Carolyne Pedro, que era a reserva do time no Mundial e entrou no lugar de Lorrane Oliveira que ficou no Brasil para tratar uma lesão no pé.
Com Mundial e Jogos Pan-Americanos próximos, a comissão técnica do Brasil fez um trabalho especial para garantir que as ginastas estivessem em uma boa forma nos dois eventos. “A gente fez um planejamento individual, acompanhando cada menina separadamente para ver como estava a recuperação delas para o próximo dia lá na Bélgica”, explicou Francisco Porath, técnico da seleção brasileira. “Após o Mundial, fizemos avaliações físicas e vimos que todas estavam bem e sem motivo para poupar uma ou outra. Elas estão bem e saudáveis e esperamos que elas façam uma boa competição”, completou.
As ginastas brasileiras estreiam nos Jogos Pan-Americanos no domingo (22), onde disputam a fase de qualificação que já vale como final por equipes. Nos dias seguintes acontecem as finais do individual geral e a disputa por aparelhos.