Após ficar quase dois anos sem competir, a maior ginasta de todos os tempos fez seu grande retorno no Campeonato Mundial de ginástica artística em Antuérpia, na Bélgica. A estadunidense Simone Biles já era a maior medalhista mundial da modalidade quando fez um hiato na sua carreira com 25 pódios. Mas com novas cinco medalhas no seu retorno, a texana chega a incrível marcas de 30 medalhas mundiais, sendo 24 de ouro.
+ Compartilhe no WhatsApp
+ Compartilhe no Telegram
O retorno de Simone Biles ao cenário internacional não poderia ser em outro local. Foi em Antuérpia, em 2013, que a estadunidense participou pela primeira vez de um Campeonato Mundial e conquistou suas primeiras medalhas. Dez anos depois, a ginasta voltou à cidade belga para novamente encantar a torcida na Arena e ao redor do mundo.
+ Flavinha e Rebeca fazem dobradinha no solo
+ Com bronze na trave, Rebeca completa coleção de medalhas mundiais
+ Rebeca Andrade bate Biles e é bicampeã no salto sobre a mesa
+ De Pira a Paris: Diogo Soares se consolida na elite da ginástica
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIKTOK E FACEBOOK
Nova Simone
Em 2021, Simone Biles chegou nos Jogos Olímpicos de Tóquio como a grande estrela da Olimpíada. Mas a “pressão” atrapalhou o desempenho da atleta no Japão, com Biles sofrendo com twisties: uma condição que faz com que a ginasta se perca no ar, o que pode causar acidentes gravíssimos na modalidade. Sem conseguir exibir todas as suas séries, Simone Biles se retirou de quatro finais, saindo de Tóquio apenas com a prata por equipes e o bronze na trave. Mesmo em meio a críticas, a ginasta fez o melhor para sua saúde e sua continuação no esporte. “O mais importante é que está tudo bem não se sentir bem e é não há problema em tirar um tempo para voltar mais forte e mais saudável”, afirmou Biles em uma entrevista no Campeonato Mundial sobre o ocorrido em Tóquio.
Dois anos depois, Simone Biles voltou diferente. Mais madura e agora casada, a ginasta tem pensado em trabalhar um passo de cada vez. Ela retornou pensando primeiramente em competir no Campeonato Nacional dos Estados Unidos e aos poucos foi atingindo novas metas até chegar no Mundial. Na Bélgica, Biles mostrou novamente que é diferenciada ao homologar um novo salto no código de pontuação: um Yurchenko com duplo mortal carpado que agora é o salto mais difícil da ginástica artística feminina. “Estou muito orgulhosa da minha performance aqui, além de ter voltado a fazer o que eu amo e de uma forma confortável”, comentou.
SHE DID IT! SIMONE BILES IS OFFICIALLY THE FIRST WOMAN TO LAND A YDP IN AN INTERNATIONAL COMPETITION
— ITANASTICS (@itanastics) October 1, 2023
This Vault is now called the Biles II 🐐 pic.twitter.com/dlxh0QVcsb
Nova concorrência
No último ciclo olímpico, Simone Biles não teve grandes desafios nos Campeonatos Mundiais. Em 2018, por exemplo, a atleta chegou a cair duas vezes na final do individual geral. Mesmo assim, ela levou a medalha de ouro com margem confortável para a japonesa Murakami Mai que foi a vice-campeã na ocasião.
Mas agora, a situação é diferente, com mais ginastas chegando perto do potencial de Simone Biles. A principal delas é Rebeca Andrade. A brasileira conseguiu superar a norte-americana na final do salto, onde Biles caiu no seu novo elemento, e ficou muito perto no solo, onde Simone era acostumada com uma grande vantagem sobre as adversárias. E em uma entrevista após a competição, Biles comentou que gosta de ter finalmente alguém para desafiá-la. “Eu amo competir com Rebeca. Ela me impulsiona e faz com que eu me force a cravar todas minhas chegadas. Ela é uma ginasta fenomenal e espero ver ela mais vezes no pódio”, disse a norte-americana.
SIMONE BILES PASSANDO A COROA PRA REBECA ANDRADE pic.twitter.com/nC7X5rH6Lk
— Viúva Daher. (@badviuv) October 8, 2023
O próximo duelo entre as duas deve ser nos Jogos Olímpicos Paris-2024. Então, que as palavras de Biles se concretizem para vermos ela e Rebeca juntas no pódio várias vezes na próxima Olimpíada.