Na Olimpíada do Rio de Janeiro, o Brasil conquistou a maior quantidade de medalhas na ginástica artística em sua história. Foram duas pratas com Arthur Zanetti, nas argolas, e Diego Hypolito, no solo, e um bronze com Arthur Nory também no solo. Para o técnico da Seleção Brasileirao, Marcos Goto, os resultados trazem com eles uma grande responsabilidade: evoluir para manter o país entre os melhores da modalidade.
“Nós conseguimos ficar, no masculino, entre os quatro melhores da ginástica na Olimpíada. Tivemos o mesmo número de medalhas do que o Japão. Entramos no top 5 do mundo na ginástica masculina. Para nós, foi um grande salto. Um grande salto e uma responsabilidade muito grande. Agora você tem que se manter nisso e tentar melhorar. Aí vem a parte mais difícil”, analisa Marcos Goto, um dos técnicos da Seleção Brasileira.
Um problema que pode existir é a possível redução de investimento no próximo ciclo olímpico em relação ao que havia na preparação para os Jogos do Rio de Janeiro, mas Marcos Goto acredita que é possível tirar isso de letra.
“Não vai ficar melhor do que estava porque a última Olimpíada foi aqui. Redução? Eu creio que vai ter. Vamos ter que saber trabalhar com o que tivermos. Temos que saber se adaptar. Não somos brasileiros? Vamos se adaptar com o que a gente tem. Hoje nós temos um legado, temos os materiais, temos ginásios, temos um nome lá fora a zelar, nós temos resultados, temos muita coisa hoje que não tínhamos lá atrás. Se trabalharmos a 80 por cento do que tínhamos para o Rio, vamos conseguir chegar em Tóquio muito bem”, garante.
Para Marcos Goto, a grande vantagem que o Brasil poderá utilizar para 2020 vem do investimento em estrutura que foi feito no país por conta da Rio 2016. “O investimento que a gente tinha até 2012 era mais em competições. A gente não tinha equipamento, mas pós-2012 eu posso dizer que os resultados que tivemos em 2016 foi fruto do investimento que foi feito”, acredita o técnico, explicando que todos os principais clubes da ginástica brasileira hoje contam com aparelhos de ponta para seus atletas. “Atribui-se tudo isso ao investimento, logicamente, do Ministério dos Esportes, do Comitê Olímpico Brasileiro, da Confederação Brasileira de Ginástica, que aparelhou o país e deu incentivo aos treinadores também com o Brasil medalha e o incentivo e ajuda aos atletas”.