O Brasil segue com tudo na Copa do Mundo por Aparelhos de ginástica artística, em Baku, no Azerbaijão. Após a boa estreia de Carolyne Pedro, de 21 anos, que se garantiu na final das barras assimétricas, Júlia Soares brilhou ainda mais e foi a melhor na classificatória do solo.
Com a nota final de 13.233, Júlia Soares passou em primeiro lugar para a final do solo. Para se ter uma ideia, a segunda melhor foi a húngara Dorina Boeczoego, com 13.000. Apenas as oito melhores vão disputar o pódio no solo da Copa do Mundo por Aparelhos de ginástica artística. A final está marcada para o próximo domingo (3).
Nunca é demais relembrar que Carolyne Pedro vai disputar a final nas barras assimétricas no sábado (2). As duas ginastas, também disputaram a prova da trave, mas passaram longe de uma vaga na final. Carolyne Pedro ficou com o 17º lugar (12.033), enquanto Júlia Soares fez um 18º lugar (11.966).
Novas caras
Atleta do CEGIN, Carolyne Pedro fez parte da equipe do Brasil que conquistou a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, ao lado de Flávia Saraiva, Lorrane Oliveira, Jade Barbosa e Thaís Fidelis.
Filha da ex-ginasta Gleise Mercer, Carolyne Pedro ingressou no mundo da ginástica de forma curiosa – como a mãe dela trabalhava fora, a garota foi inscrita no CEGIN aos quatro anos de idade para não ficar sozinha em casa. Sua treinadora era a tia, Deise Mercer. Em 2016, Carol se destacou ao conquistar o bronze no solo na etapa de São Paulo da Copa do Mundo, e ajudou a equipe brasileira a assegurar vaga olímpica na Rio 2016 no evento-teste. Naquela edição dos Jogos, foi reserva da seleção brasileira de ginástica artística.
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Por sua vez, Júlia Soares deixou sua marca no Campeonato Pan-Americano do Rio em 2019 ao homologar um novo elemento no código de pontuação da modalidade. Trata-se de um “candle mount” com meia volta, ou uma entrada em vela com meia pirueta. Nessa forma de entrada, a atleta utiliza um trampolim para saltar em direção à lateral da trave em uma posição esticada. A inovação apresentada por Júlia foi justamente uma meia pirueta no salto que leva à trave.
A nova entrada nasceu de uma sugestão da treinadora do CEGIN (Centro de Excelência de Ginástica do Paraná) e da Seleção Brasileira, Iryna Ilyashenko.