Um campeonato para chamar de seu. Rebeca Andrade atraiu todas as atenções no Brasileiro de ginástica artística, que está sendo realizado em Aracaju, no Sergipe. A estrela da festa dominou a competição nacional, brilhou nos quatro aparelhos e sagrou-se campeã do individual geral adulto. De quebra, Rebeca Andrade ainda liderou o Flamengo, que foi o campeão por equipes.
Medalhista de ouro no salto e prata no individual geral dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, Rebeca Andrade era ampla favorita e confirmou as expectativas. Com o somatório de 57,950, a ginasta sobrou diante das adversárias.
“Eu queria chegar ao brasileiro e fazer boas apresentações. Eu cheguei ao Brasileiro e fiz o melhor que eu podia. E foi bom”
Rebcca Andrade
O brilho dela foi tanto, que acabou ofuscando a competição masculina. O Brasileiro de ginástica artística vai até o próximo domingo (3).
Baile da Rebeca
Abrindo sua participação no solo, Rebeca Andrade, ao som de Baile de Favela, encantou e saiu com a note de 13,800. Depois veio o salto, aparelho cuja nota foi de 15,050. Entretanto, ela realizou apenas um salto, suficiente para o individual geral, mas não para a competição no aparelho.
O terceiro aparelho foram as barras assimétricas: 15,100. Para fechar, a note de 14,000 foi conquistada na trave.
A gente não se cansa dessa apresentação, né @timebrasil?!
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É Baile de Favela! É Rebeca Andrade! 🤩🤸♀️👏#canalolimpicodobrasil pic.twitter.com/MWkRpJJtfP
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Ao final, o somatório de 57,950 foi suficiente para o título do Brasileiro de ginástica artística. Lorrane Oliveira, com 52,350, terminou no segundo lugar, e Christal Bezerra, que alcançou 51,700, completou o pódio.
Campeã olímpica que fala! 🥇🤸♀️
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QUE SALTO, REBECA 👏
No Brasileiro de Ginástica Artística, a atleta do @TimeFlamengo fez um salto com nota 9,550 de execução!
A maior da @cbginastica e @timebrasil! 🤩#canalolimpicodobrasil pic.twitter.com/EqyjQ2XO9F
Por aparelhos
Como não deu dois saltos, Rebeca Andrade não teria como participar da finalíssima do salto, já que ficou na 12ª posição. Sem Rebeca, Christal Bezerra terminou a classificação na liderança. Mas nos outros três aparelhos, ela dominou com folga.
Contudo, como o foco principal é o Mundial de ginástica artística de Kitakyushu, no Japão, Rebeca vai ficar de fora de todas as finais individuais. A disputa está marcada para começar no dia 18 de outubro.
Diante deste cenário, as finais por aparelho do Campeonato Brasileiro serão bem disputadas.
Por equipes
Com o desempenho de Rebeca Andrade nos quatro aparelhos, o Flamengo também sagrou-se campeão do Brasileiro de ginástica artística. A ginasta foi a única a não ter nenhuma nota descontada para o somatório da equipe.
Lorrane Oliveira contribuiu com as notas no salto e no solo. Maria Moreno somou sua nota na trave, enquanto Jade Barbosa acrescentou as suas notas na trave e nas barras assimétricas. Daniele Hypolito fez parte da equipe do Flamengo, mas suas notas no salto, solo e trave não foram usadas no somatório.
O CEGIN (Centro de Excelência de Ginástica), do Paraná, ficou na segunda colocação. Graças a Julia Soares e Ana Lima. Christal Bezerra e Gabriela Barbosa foram fundamentais para o terceiro da ADECO (Associação Desportiva Centro Olímpico).
Disputa masculina
Ofuscada por Rebeca Andrade, o individual geral masculino foi vencido por Caio Souza, do Minas Tênis Clube, que alcançou a somatória de 83.700. Ele teve uma briga intensa contra Francisco Barreto, do Pinheiros, que terminou no segundo lugar (80.300). O terceiro lugar ficou com Johnny Oshiro, da SERC.
Caio Souza venceu em quatro dos seis aparelhos (solo, argolas, salto e barras paralelas). No cavalo com alças Francisco Barreto levou a melhor. E, curiosamente, os dois empataram na barra fixa, que foi vencida por Arthur Nory, campeão mundial do aparelho.
Por equipes, o título ficou com o Minas Tênis Clube, seguido pelo Pinheiros. O pódio foi completado pela SERC.
Mesmo com tantas conquistas em sua vitoriosa carreira, Caio não deixou de vibrar muito com o ouro conquistado em Aracaju. “Disputei meu último Brasileiro em 2018, mas fiz só dois aparelhos. Não fazia os seis desde 2017. Por isso, minha emoção agora é inexplicável”.
Caio atribuiu a conquista à experiência e ao suporte de sua equipe. “Agradeço demais ao Minas por ter acreditado em mim e em meu técnico (Ricardo Yokohama), aos fisioterapeutas, ao massoterapeuta, psicólogo, a toda a equipe multidisciplinar e aos meus companheiros de equipe”, disse o campeão.