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Ginástica Artística

Termina brasileiro de Ginástica Artística de Especialistas

Pódio solo (Ricardo Bufolin/CBG)

Chegou ao fim neste domingo, 29, umas das mais importantes maratonas de competição da ginástica artística nacional. Durante cinco dias, a Arena Carioca 3, no Rio de Janeiro (RJ), foi palco de duas competições, o Torneio Nacional e o Brasileiro Caixa de Especialistas. A primeira reuniu atletas de todo o País nas categorias pré-infantil, infantil, juvenil e adulto nas divisões iniciante, intermediário e avançado. Já o Brasileiro contou com a presença da elite da modalidade, que disputou o título de cada aparelho.

Com um público animado com a disputa, seis atletas se apresentaram em cada aparelho neste segundo dia de campeonato. Os campeões foram definidos pela média da nota dos dois dias e não somente atletas consagrados subiram ao pódio. Novos nomes da ginástica brasileira também marcaram presença.

No masculino, Renato Oliveira, do Pinheiros, foi o vencedor no solo (13,763), seguido por Arthur Zanetti, do SERC/Santa Maria (13,588) e Caio Souza, do São Bernardo (13,488). No cavalo com alças, Francisco Barretto, do Pinheiros, foi o campeão (13,425), Péricles Silva, também do Pinheiros, ficou com a prata (13,0625), empatado com Lucas Bittencourt, do SERC.

Nas argolas, o campeão olímpico Arthur Zanetti conquistou mais um ouro (14,488), seguido por Gabriel Barbosa, do Minas Tênis Clube (12,400), e Guilherme Oliveira, do Pinheiros (12,050). Zanetti voltou a subir ao lugar mais alto do pódio no salto. O atleta do SERC somou 14,125, empatado com Luis Porto, do GNU. A terceira posição foi para Arthur Nory, do Pinheiros (13,856).

Nas paralelas, o ouro foi de Péricles Silva (13,388). Caio Souza ficou com a segunda posição (13,000), e Lucas Bittencourt com a terceira (12,938). Lucas foi também o primeiro colocado na barra fixa (13,325), à frente de Leonardo Souza, do Minas Tênis Clube, Gustavo Polato e Renato Oliveira, ambos do Pinheiros. Todos os três terminaram empatados com 12,8625.

Zanetti, que acaba de voltar do Mundial de Montreal, no Canadá, ficou feliz com o desempenho. “Foi uma boa competição. Três aparelhos e três pódios. Foi muito bom, com 100% de aproveitamento. Estou feliz por ter voltado a fazer solo e salto muito bem. Agora é finalizar o ano e entrar de férias”, contou o dono de duas medalhas olímpicas, que já está de olho em Tóquio 2020. “O primeiro ano do ciclo olímpico é bastante complicado. Fiz uma cirurgia depois do Rio e está sendo muito puxado. É um ano que cansa bastante. Agora é descansar para seguir bem no ano que vem, que já tem classificação para as Olimpíadas. O ciclo começou bem e preciso me recuperar para os próximos anos.”

Arthur Nory também esteve em Montreal e também após algumas cirurgias pelas quais teve que passar, vai ganhando confiança pouco a pouco. Ele conta que aproveitou muito esses dias dentro do Parque Olímpico. “Tivemos uma estrutura muito boa e a organização está de parabéns. A torcida veio prestigiar. Eu vim bem focado no solo e na barra. Na barra tive duas quedas no primeiro dia, então, não deu. No solo competi muito bem. Hoje tive uns errinhos bem técnicos e preciso treinar mais, me preparar bem. Antes participei do Mundial que conta muito também. Hoje o ano de competições acaba para mim e agora já vamos pensar em 2018. Vou me dedicar ao individual geral para a ajudar a equipe brasileira na classificação para Tóquio.”

Caio Souza, que chegou à final do individual geral no Canadá, hoje subiu duas vezes ao pódio. “Competir no Rio de Janeiro é muito bom. Foi um campeonato muito bonito. Estava bem cansado por conta do ritmo de competição que venho tendo. Tive muitas quedas e erros, mas estou feliz por ter competido mais uma vez e ter mostrado que estou na briga.”

No feminino, o salto teve vitória de Luiza Domingues, do CEGIN (13,500). A segunda posição foi para Isabelle Retamiro, do Flamengo (13,313), e a terceira com Carolyne Pedro, do CEGIN (13,038). O ouro das paralelas foi para Lorrane Oliveira, do Flamengo (12,575), a prata para Carolyne Pedro (12,475), e o bronze para Luiza Domingues, do CEGIN (12,350).

Na trave, o primeiro lugar ficou com Fabiane Brito, do CEGIN (13,128), a segunda posição com Anna Reis, também do CEGIN (12,650), e a terceira para Carolyne Pedro (12,450). No solo o ouro foi para Thais Fidelis (13,200), e para Fabiane Brito, ambas do CEGIN. Isabel Barbosa, do Pinheiros, ficou com o bronze (13,125).

Além dos títulos no aparelhos, a competição deu também ao Pinheiros, no masculino, e ao CEGIN, no feminino, o prêmio eficiência.

Para Lorrane Oliveira este foi um bom retorno. “Esta foi primeira competição pelo Flamengo depois da Olimpíada. Estou feliz por estar voltando, fiz uma cirurgia no pé. Fiquei feliz com a medalha nas paralelas e esse é só o começo. Daqui para a frente é continuar trabalhando.”

Fabiane Brito fez bonito entre atletas experientes e vê um bom futuro pela frente. “Acho que a competição foi boa. Eu dei o meu melhor, coloquei elementos novos. Por ainda ser juvenil acho que me saí bem na categoria. Fiquei em segundo no Brasileiro atrás da Thais no individual geral e aqui fui ouro no salto”, lembrou.

A presidente da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Luciene Resende, comemorou o sucesso dos dois eventos em sequência. “Ficamos muito felizes em realizar esse Campeonato Brasileiro Caixa de Ginástica Artística de Especialistas e o Torneio Nacional, proporcionando um encontro de gerações. Ficou bem visível que estávamos aqui com um futuro promissor e com as estrelas olímpicas. Isso favorece o crescimento e desenvolvimento do nosso esporte”, pontuou. Ela também destaca o fato das competições retornarem ao palco dos Jogos Olímpicos de 2016. “Outro momento muito especial é que foram realizados aqui em uma das arenas onde foram realizados os Jogos Olímpicos. Onde surgiram várias revelações de outras modalidade. Que possamos junto com a Secretaria de Esportes da Prefeitura do Rio de Janeiro utilizar esses espaços não só para a ginástica mas também para outras modalidades aqui no Rio.”

Bruno Chateaubriand, presidente da Federação de Ginástica do Rio de Janeiro, afirma que as competições têm um papel muito importante no desenvolvimento do esporte. “É um momento histórico para a ginástica do Rio de Janeiro. Para todas as modalidades, porque estavam todos os diretores de todas elas unidos e presentes nesse momento da ginástica artística. Assim como na aeróbica nós tivemos a presença das outras diretorias envolvidas e querendo ver a evolução do esporte não só no nosso Estado, mas no Brasil todo. O Rio de Janeiro está sempre de braços abertos e esperamos trazer mais competições. Mais pessoas puderam acompanhar o evento, pois tivemos transmissão pela internet. Foi muito bacana termos colocado Diego Hypolito, Jade Barbosa, Flávia Saraiva participando da transmissão. Isso valeu muito a pena porque as gerações que vêm agora se espelham nesses ídolos e eles estiveram presentes e torcendo pelos outros. Isso foi muito importante”, finalizou.

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