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Ginástica Artística

Júlia Soares deve ter elemento com seu nome homologado no código da FIG

Com apenas 15 anos, brasileira fez um novo tipo de entrada na trave durante o Pan-Americano, que deverá levar o nome “Soares”

Júlia Soares Sul-Americano de ginástica artística
(Ricardo Bufolin/CBG)

No Pan-Americano de ginásticas artística, disputado no último fim de semana no Rio de Janeiro, a jovem Júlia Soares, com muita graça e técnica, brilhou. A jovem promessa da ginástica brasileira, de apenas 15 anos, deverá ter homologado um novo elemento, que levará seu nome no código da Federação Internacional de Ginástica (FIG).

Trata-se de uma nova entrada na trave, em que Júlia Soares faz uma versão do “candle mount” (entrada em vela). Nessa forma de entrada, a atleta utiliza um trampolim para saltar em direção à lateral da trave em uma posição esticada. A inovação apresentada pela brasileira é uma meia pirueta no salto que leva à trave. No último sábado (5), Júlia apresentou o elemento com perfeição, e o “Soares” foi homologado.

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“Fico muito feliz de ter homologado um elemento, mesmo muito nova. Deus me deu essa honra de poder homologar um elemento com meu nome. Estou muito, muito, muito feliz. Não tenho palavras para explicar a felicidade. Muitas meninas tentam, mas poucas conseguem isso. Comecei a fazer entrada reta há uns dois anos. A minha treinadora falou para eu dar uma mudada e comecei a treinar esse elemento este ano”, contou a atleta.

Processo de homologação

Helena Lario, delegada técnica da FIG presente no Rio, explicou como funciona o processo. “A ginasta, o treinador ou o delegado técnico têm que apresentar a descrição do elemento que se vai apresentar, normalmente acompanhado por um desenho ou por um vídeo em que esteja presente o elemento novo. Neste caso, a ginasta brasileira apresenta na trave de equilíbrio um elemento que já existe, mas agregado de um meio giro. Nenhuma outra ginasta o fez até agora. Não está no código de pontuação ainda”.

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Inicialmente, é atribuído, então, um valor provisório ao elemento. “Se a ginasta o realiza numa competição oficial da FIG ou numa competição com representante técnico da FIG com êxito, sem quedas e correspondendo à descrição apresentada, são enviados à FIG o nome da ginasta, o país pelo qual compete, a descrição do elemento e o vídeo da competição em que tenha executado o elemento com êxito. Assim, a FIG confirma e inclui o elemento no código de pontuação com o nome da ginasta. Se tiver sido executado por duas ou mais ginastas, não levará o nome. Não posso dizer neste momento se já está, mas como representante do Comitê Técnico, mando para o Comitê e na próxima publicação do código deverá constar o elemento”, finalizou Lario.

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