Dono de três medalhas na competição (um ouro e duas pratas), Arthur Zanetti fala sobre torneios que marcaram o início de ciclos olímpicos passados – edição de Montreal começa na segunda-feira, 2.
Perto de estrear em seu quinto Mundial na carreira, o ginasta Arthur Zanetti relembrou as participações e as conquistas nas edições passadas – tem três medalhas, uma de ouro (Antuérpia/2013) e duas de prata (Tóquio/2011 e Nanning/2014). Aos 27 anos, o campeão olímpico, mundial e pan-americano das argolas falou sobre o momento que passava em cada uma das competições e a expectativa para a disputa do 47º Mundial de Ginástica Artística, em Montreal (CAN), a partir de segunda-feira, 2 de outubro.
Assim como ocorrerá no Canadá, o primeiro Mundial de um ciclo olímpico é o termômetro inicial de um trabalho que se desenvolverá ao longo de quatro anos para alcançar o auge na Olimpíada. Arthur vive essa situação pela terceira vez, já que espera disputar em Tóquio/2020 a sua terceira Olimpíada.
Uma rotina que, para ele, começou em 2009, no Mundial de Londres. “Estou começando meu terceiro ciclo olímpico”, lembra Arthur, que foi aos Jogos de Pequim/2008 como reserva de Diego Hypólito. “Pequim foi inesperado. Eu fiquei sabendo que seria reserva umas duas semanas antes da viagem. Então, não considero que havia treinado um ciclo. Foi em 2009 que tudo começou, que foi para valer.” No Mundial de Londres, Arthur tinha como objetivo ficar entre os 24 primeiros. “Eu estava naquela gana de querer estar entre os melhores, ainda estava buscando resultados. Mas acabei pegando uma final nas argolas e ficando em 4º lugar, um bom resultado”.
O início promissor do ciclo em Londres culminou com a inédita medalha olímpica de ouro nas argolas, na mesma cidade, em 2012. No ano anterior à Olimpíada, o brasileiro já tinha alcançado um resultado muito relevante, a prata no Mundial de Tóquio. Por isso, a busca por resultados no primeiro Mundial do ciclo do Rio, em 2013, na Antuérpia (Bélgica), foi bem diferente do que havia ocorrido quatro anos antes. “Em 2013 cheguei ao Mundial como campeão olímpico. Era um Mundial em que eu queria ter resultado, fui para ganhar mesmo, não tinha outra coisa para mim a não ser ganhar”. E foi o que aconteceu. No ano seguinte, em Nanning (China), Arthur também chegou cotado ao pódio e conquistou a medalha de prata.
A comparação com o Mundial de quatro anos atrás pode parecer inevitável, mas Arthur afirma que são inícios de ciclos completamente diferentes. “Em 2013, eu entrei com uma cobrança muito alta para ser campeão. Era um dos resultados que eu não tinha, junto com o título dos Jogos Pan-Americanos (que conquistou em Toronto/2015). Agora consegui e posso dizer que chego para esse Mundial bem mais tranquilo. Já tenho uma certa idade e mais experiência”.
Depois de três medalhas, Arthur disputou ainda o Mundial de 2015, em Glasgow. Não foi à final das argolas, mas atingiu o seu objetivo, que era ajudar o Brasil a classificar o time masculino para sua primeira disputa olímpica. Agora, em Montreal, o foco volta a ser a competição individual. “O que vale é o resultado particular. A gente nunca entra em uma competição já pensando na medalha, mas sempre em fazer o melhor. Então é somar o maior número de pontos possíveis e tentar repetir o que eu fiz nas Copas do Mundo, nas avaliações da seleção e tentar superar os 15.000 pontos.”
O Mundial de Montreal, que será realizado no local que recebeu os Jogos Olímpicos de 1976, será disputado entre os dias 2 e 8 de outubro. No sorteio feito pela organização, o Brasil está na subdivisão 4 – a equipe masculina, formada por Arthur Zanetti, Arthur Nory Mariano e Caio Souza, estreia no segundo dia de competições (3/10/2017), às 11 horas (de Brasília).
Confira o programa do Mundial de Montreal!