“Estou em processo de recuperação ainda”, disse o ginasta Francisco Barretto Jr. após contato do Olimpíada Todo Dia
A seleção brasileira está cada vez mais próxima do Mundial de Ginástica Artística, em Montreal, no Canadá. O campeonato acontecerá entre 2 e 8 de outubro. A preparação dos atletas, no entanto, pode ser modificada devido a um possível desfalque. O ginasta Chico Barretto ainda precisa ter a convocação confirmada por conta de dores nas costas. A equipe viaja já no próximo domingo (17) para o Canadá.
“Estou em processo de recuperação ainda. Só posso dizer que a minha vontade de competir no Mundial é muito grande, afinal treinei muito para isso. Quero muito conseguir recuperar a tempo!”, afirmou o ginasta ao Olimpíada Todo Dia. As seleções estão reunidas no Centro de Treinamento Time Brasil, no Rio de Janeiro (RJ). O objetivo é acertar detalhes e aprimorar ainda mais as séries. Chico, no entanto, passa por tratamento de uma lesão em São Paulo e ainda deve passar por uma avaliação.
“Ele sentiu uma dor nas costas na etapa da Copa do Mundo de Varna. Ele retornou (da Bulgária), e estamos fazendo tratamento com ele em São Paulo. Ele vem ao CT na sexta-feira para ser avaliado. Depois vamos saber se ele vai embarcar para o Mundial. Ele ainda não está confirmado”, afirmou Marcos Goto, coordenador da seleção brasileira de ginástica artística, ao Globo Esporte.
Francisco Barretto Júnior se classificou para as finais do cavalo com alças e das barras paralelas na etapa de Varna da Copa do Mundo, no início de setembro. Devido às dores, no entanto, o brasileiro não disputou as finais. Barretto foi o quinto colocado na barra fixa nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. Além de Chico, a seleção que vai ao Mundial será composta por Arthur Zanetti, Arthur Nory Mariano e Caio Souza no masculino. Já Rebeca Andrade e Thais Fidelis representam o país no feminino.
“Estamos na reta final de preparação. Ainda teremos duas semanas de treinamento no Canadá, antecedendo a competição. O grupo vem apresentando séries com nível competitivo, consolidado nas cinco competições deste ano, nas quais conquistamos um total de 23 medalhas. Estou muito satisfeito com o trabalho dos nossos treinadores e empenho dos atletas envolvidos. Estamos alcançando os objetivos propostos para este ano”, avaliou Goto.
Seleção masculina
Os atletas convocados para a competição falaram sobre a expectativa para o site oficial da Confederação Brasileira de Ginástica – menos Barretto. O assunto também não foi divulgado pela assessoria de imprensa da entidade. Arthur Zanetti falou sobre a importância da concentração antes das competições.
“Essa preparação antes é sempre importante tanto aqui no Brasil quanto no país do campeonato. Tem sempre ajustes em elementos que temos mais dificuldades. O Canadá é um país muito bom, que já conhecemos, e será muito positivo para nossos treinamentos. Como esse é um Mundial por aparelhos, cada um de nós não tem a pressão de precisar acertar um aparelho que temos mais dificuldade para ajudar a equipe. Apesar que sempre temos que pensar nos acertos e não nos erros. Aproveitamos esse tempo para motivar nossos colegas de equipe, com uma palavra positiva, que é sempre bom”, disse o campeão olímpico.
Também medalhista nos Jogos do Rio, Arthur Nory acredita em um bom resultado no primeiro Mundial do ciclo. “Estamos tendo uma semana muito boa de trabalho. Acho muito importante reunir todo mundo, focado nos mesmos objetivos, e estou aproveitando bastante esse espaço. A expectativa para o Mundial é boa, voltei a treinar bem, sem as dores que eu sentia antes. Vou fazer minha parte, um bom trabalho no individual. Ainda temos duas semanas de preparação que será bem aproveitada”, pontuou.
Caio Souza, que vem de resultados importantes na Copa do Mundo de Varna e no Pan-Americano, acredita no resultado devido à dedicação. “O trabalho que tem sido feito está dando certo. Tem muita coisa que tem feito a diferença. Eu treino com o Ricardo desde os dez anos, nos conhecemos bem e acho que isso funciona. Espero sair feliz desse Mundial, mais do que satisfeito, e poder chegar no final do ano e dizer que o trabalho foi muito bem feito. Aprendemos com os psicólogos que resultado é consequência”, resumiu.
Seleção feminina
Pelo feminino, o Brasil irá contar representantes da nova geração de ginastas, como Rebeca Andrade. “Vou tentar tirar lições de outras competições que participei para esse Mundial. Acho que o aparelho que mais tenho chances é o salto, porque tenho um bem forte e o outro bom. Gosto também de competir nas paralelas, e no solo estou com uma coreografia bem motivante, com a música da Beyonce, que apresentei nos Jogos do Rio”, contou Rebeca.
Thaís Fidelis é a estreante em Mundiais e confessa um pouco de ansiedade para o campeonato tão importante. “Até agora estou treinando bem. Minha expectativa subiu nesse período no CT porque estou treinando ainda melhor. Estou bem ansiosa. Vou competir nos quatro aparelhos e espero chegar às finais no individual geral e na trave”, comentou a ginasta.