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Ginástica Artística

“Eu sou o bicho”, diz Arthur Nory ao projetar ano olímpico

Arthur Nory, campeão mundial em 2019 na barra fixa, foca em ficar saudável para chegar voando em Tóquio

Arthur Nory, da ginástica artística, quer medalha em Tóquio 2020
Nory nos Jogos Pan-Americanos de Lima em 2019 (Ricardo Bufolin/arquivo)

Um dos grandes nomes do esporte brasileiro em 2019 e esperança de medalha em Tóquio 2020, Arthur Nory, da ginástica artística, afirma que o mais importante neste início de ano é se cuidar. “Hoje, o principal é estar bem de saúde. Estando bem, eu sou o bicho”, diz o atleta.

“O foco está no condicionamento físico, em cuidar da alimentação para voltar à forma o mais rápido possível”, detalha Arthur Nory.

Campeão mundial na barra fixa no ano passado, o brasileiro projeta os próximos meses de trabalho como uma extensão do que foi feito no ano passado. “A gente sabe o que fez em 2019 para ter um resultado muito bom. É pegar as melhores coisas, ver o que dá para melhorar, porque sempre é possível melhorar, e trabalhar em cima disso”.

Arthur Nory iniciou no final de janeiro o primeiro período de treinos com a seleção, no Rio de Janeiro. Lá, a comissão técnica define a programação até os Jogos Olímpicos. A primeira competição oficial deverá ser em março.

A equipe masculina já está classificada para Tóquio 2020, mas os atletas que vão integrá-la ainda serão definidos. “A briga continua. Estou muito grato por todo trabalho para chegar ao resultado que eu queria tanto. Eu falava todo dia que queria ser campeão mundial. Agora quero ir para a Olimpíada, quero ser campeão olímpico. É um pensamento que fico atraindo para mim. Eu quero isso e vou trabalhar para conseguir”, diz o medalhista de bronze na Rio 2016.

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Estratégia campeã

Na temporada passada, o ginasta e o técnico Cristiano Albino trabalharam duas séries na barra. A primeira tinha boa nota de partida e era a apresentação de segurança, aquela que o atleta executa com altíssimo grau de perfeição. A segunda, mais elaborada, podia render nota final mais alta, mas oferecia mais riscos na execução.

Na final do Mundial, Arthur Nory e seu treinador optaram pela série mais segura com a execução mais limpa possível após assistirem à apresentação de alguns adversários. O resultado foi o título.

A estratégia será mantida esse ano, mas elevando o nível de dificuldade das apresentações na ginástica artística. “Ginástica é muita repetição, mas é importante você ter uma carta na manga quando precisar, e finais são o momento para isso. Mantenho as duas opções e vamos melhorar a execução e repetir mais vezes a série mais difícil, que não repeti tanto no ano passado. Vou treinar a série mais difícil para a execução se tornar fácil”.

Assim como no início do ciclo, Arthur Nory continuará treinando todos os aparelhos, mas sem perder o foco das provas em que acumula os melhores resultados: solo e barra fixa. “Para a Olimpíada, vou treinar tudo, mas o foco são esses dois aparelhos. Pelas séries, pelo ano passado, se estou 100% fisicamente, posso lutar com todos frente a frente no solo e na barra. Acredito que é possível”, ressalta. “Dedicação total é fundamental para chegar ao auge no período da Olimpíada”, finaliza.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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