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Ginástica Artística

Zanetti disputa Mundial sonhando com terceiro pódio olímpico

Em entrevista, brasileiro afirma que principal objetivo em Stuttgart é a classificação para os Jogos Olímpicos no individual e por equipes

Nos últimos dias, o Centro de Treinamento Time Brasil vem sendo a “casa” do campeão olímpico Arthur Zanetti, 29. Na reta final de preparação para o Campeonato Mundial de Ginástica Artística, que acontece entre 4 e 13 de outubro, em Stuttgart (Alemanha), o ginasta mais vitorioso do país treina forte em busca da classificação para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020.

Entre uma atividade e outra, Zanetti aproveitou para conversar com a equipe de comunicação do COB e revelou como faz para se manter no topo da modalidade há três ciclos olímpicos. Exemplo de dedicação e liderança para os mais jovens, o atleta elogiou ainda a nova geração da ginástica nacional. E, por fim, falou sobre a importância deste Mundial de Ginástica Artística para conquistar de vez a classificação olímpica.

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Quais são os objetivos da seleção brasileira para o Mundial de Stuttgart?
O nosso principal objetivo é conseguir a classificação para os Jogos Olímpicos, não só individualmente, mas também por equipe. Já estamos batendo nessa tecla há alguns anos.

Imaginando que o Brasil consiga essa vaga e considerando que a ginástica artística masculina conquistou três medalhas no Rio 2016, você acha que é possível manter esse desempenho em Tóquio 2020?
É difícil manter, mas tudo pode acontecer em uma competição. Primeiramente, algumas etapas precisam ser cumpridas, mas acredito e espero que venham três ou mais medalhas.

O que podemos esperar de você nos Jogos Olímpicos?
Primeiro quero me classificar para Tóquio. Depois, gostaria muito de integrar a equipe. Se tudo isso acontecer, os Jogos Olímpicos serão a cereja do bolo. Quero fazer o meu melhor e estar preparado, para se der tudo certo, trazer uma medalha para o Brasil.

Qual é o segredo para se manter tanto tempo no topo?
Acho que a vontade de representar o país, querer ter aquela conquista e traçar o objetivo. A cada competição, quero sempre estar no pódio e ter o melhor resultado. Treino para que os meus objetivos sejam alcançados.

É possível medir o impacto do aspecto mental no seu desempenho?
Acho que o mental é primordial dentro da competição, porque o físico você trabalha durante o ano todo. Na hora, é o psicológico que tem que estar bem para aguentar a pressão da competição, dos adversários e conseguir desenvolver o que vinha sendo feito nos treinamentos.

De que forma os seus resultados, como o ouro em Londres 2012 e a prata no Rio 2016, inspiram os ginastas mais jovens?
Vi o Diego (Hypolito) sendo bicampeão mundial, então acreditei que um dia eu também podia ser. Fui campeão olímpico, então é colocar na cabeça dos atletas que, se treinarem, eles também podem conseguir esses resultados.

Qual é a sua avaliação sobre a nova geração da ginástica artística masculina?
Temos atletas que já estão na seleção e, provavelmente, vão nos substituir. E ainda tem a geração juvenil. A molecada está representando muito bem, já estão conquistando resultados. Posso dizer que estaremos tranquilos na questão de renovação.

Você acredita ter deixado algum legado para a ginástica brasileira?
Posso dizer que sim, na questão de aparelhagem e equipamentos nos ginásios, além da vontade dos atletas de praticar ginástica e querer conquistar resultados.

Para encerrar, qual é a importância do Marcos Goto para a sua carreira?
Ele é essencial, estamos juntos desde os meus oito anos de idade. Foi o meu único treinador e quem me fez ser o atleta que sou hoje, tanto na parte técnica quanto como pessoa. Ele me ensinou tudo, foi o meu mentor dentro da ginástica.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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