Arthur Nory conhece de perto os Jogos Pan-Americanos. Em Toronto 2015, justamente a última edição da competição, ele esteve com a delegação brasileira na conquista da medalha de prata por equipes. Quatro anos mais tarde, novamente terá a chance de brigar por um lugar no pódio. Em conversa com o Olimpíada Todo Dia, o ginasta de 25 anos destacou a importância do Pan de Lima como preparação para o Campeonato Mundial da modalidade, que acontece em outubro e servirá também como qualificatório olímpico.
Considerando todas as categorias da ginástica, o Brasil voltou de terras canadenses com três ouros, duas pratas e cinco bronzes. Para os desafios no Peru, o desejo da vez é superar o retrospecto passado. “Estamos prontos. Estamos nos preparado para podermos competir e representar bem o Brasil. É melhorar o resultado que tivemos em Toronto, é melhorar o nosso resultado para Lima. Conquistar o máximo de medalhas possível. Os Jogos Pan-Americanos servirão como preparação para o Campeonato Mundial Pré-Olímpico. Então, é sincronizar a equipe. É uma estrutura muito parecida e similar com os Jogos Olímpicos. Vila Olímpica, atletas de várias modalidades, tem essa interação, são competições simultâneas, todo mundo torcendo junto… É muito bom sentir isso. Para um atleta, você fica na sua Disney ali. Quero viver isso de novo mais vezes”, comentou.
Além da disputa dos Jogos Pan-Americanos, Arthur Nory também enfrentou lesões frequentes e recentes na temporada. Em junho, completou os seis aparelhos pela primeira vez desde o retorno e aprovou o desempenho no Campeonato Sul-Americano de Ginástica Artística. “Foi muito bom. Acho que faz parte de toda essa preparação. O Campeonato Brasileiro e o Campeonato Sul-Americano, dentro do calendário do meu treinador, eram para poder executar uma boa série de barra. A gente está bem focado na barra fixa. Consegui fazer essa etapa bem feita, consegui fazer minha série de barra. Visando as próximas competições, em que a tendência é dificultar, pessoalmente foi muito bom o resultado. Consegui atingir essa meta individual. E também pela equipe. Eu estou voltando a fazer o individual geral. Hoje eu entendo essa importância que eu tenho dentro da equipe. Esse ano, o foco é a equipe do Brasil. A gente treina o nosso aparelho chave, mas é para a classificação para Tóquio. A cabeça de todo mundo está voltada para esse Campeonato Mundial, os Jogos Pan-Americanos são uma preparação.”
Desde o começo do ano eu estava com um problema no joelho. Edema ósseo e um problema na cartilagem, que demoram para recuperar. Dizem que não tem o que fazer, vai sentir essa dor. Então, é fortalecer. Para ganhar força, o meu joelho inchava. Eu estava com muito problema no joelho, então solo e salto estavam prejudicados. Eu não estava conseguindo treinar solo e salto por causa da dor e do inchaço. Eu estava focando muito na barra, que é um aparelho que me destaque no ciclo passado. Fui quarto do mundo em 2015, estava com chances de pegar final na Olimpíada do Rio. E foi por isso que eu treinei bastante a barra. O Sul-Americano foi satisfatório, vimos que estamos no caminho certo para buscar o Pan e o Mundial”, finalizou Arthur Nory.