Gabriel da Silva Santos
Idade: 30 anos (04/05/1996)
Altura: 1,84m
Peso: 80kg
Clube: Pinheiros (SP)
Pan: 0
Olimpíada: 1 (Rio-2016)
– Budapeste 2017 (4×100 metros livre)
Gabriel Santos, mais conhecido como Gabirú. é um dos quatro nadadores que representarão o Brasil nos 100m livre e no revezamento 4x100m livre masculino, uma das esperanças de medalha da natação do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Na Olimpíada do Japão, Gabriel terá a companhia de Pedro Spajari nos 100m livre e também no revezamento, ao lado de Breno Correia e Marcelo Chierighini.
Gabirú e Chierighini fizeram parte do time que conquistou a histórica medalha de prata no Mundial de 2017 com direito a recorde sul-americano: 3min10s34.
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O humilde da quebrada
Nascido na zona leste da capital paulista, Gabriel vem de uma família humilde e aprendeu a nadar em uma academia próximo de sua casa. De cara, começou a se destacar por sua incrível velocidade. Chamou a atenção do Esporte Clube Pinheiros e, aos 11 anos de idade, passou a integrar a seleção de natação do clube.
Em um dos maiores clubes do país, passou a ser comandado por Alberto Pinto, um dos maiores técnicos da natação brasileira e que lapidou ninguém mais, ninguém menos, do que Cesar Cielo Filho, o único campeão olímpico do Brasil nas piscinas.
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Não demorou muito para Gabirú competir em grandes competições com a seleção brasileira de natação. Sua estreia foi no Campeonato Mundial Júnior de Dubai, onde foi finalista com o revezamento 4x100m livre.
Olimpíada, de cara
Com 20 anos de idade, realizou uma incrível facánha. No Troféu Mari Lenk de 2016, terminou em 5º lugar na prova dos 100m livre, a mais disputada da natação masculina. Com isso, foi convocado para os Jogos do Rio-2016 como reserva do revezamento.
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Mantendo a boa fase, fez um grande tempo na eliminatória: 48s62 e acabou pegando a vaga na final de Matheus Santana, quarto homem da equipe e que nadou para 49 segundos na eliminatória. Na final, porém, Gabriel não conseguiu melhorar seu tempo, diferentemente do que fizeram os outros três integrantes. Ainda assim, ajudou a equipe a terminar com o 5º lugar.
Foguete sem dar ré e medalha mundial
Gabriel seguiu voando no ano de 2017. No Campeonato Mundial de Budapeste, na Hungria, o nadador competiu na prova individual dos 100m livre e foi semifinalista. O grande momento, no entanto, veio no revezamento.
Gabirú teve a responsabilidade de abrir o 4x100m. Não sentiu a pressão, nadou a final para 48s30 e conquistou, ao lado de Marcelo Chierighini, Bruno Fratus e Cesar Cielo Filho, a histórica medalha de prata com 3min10s34, melhor resultado em campeonatos mundiais do país. Esse é o recorde sul-americano vigente até hoje.
Um ano depois, outro grande resultado. Após fazer 47s98 ( melhor tempo da sua carreira, com direito a primeira vez rompendo a casa a barreira dos 48 segundos) no Troféu Brasil, conquistou a medalha de ouro no revezamento 4x100m no Pan-Pacífico – após a equipe americana ser desclassificada.
O pior ano da vida
A medalha de prata em Budapeste ajudou a aumentar ainda mais a popularidade do revezamento. Novas promessas da velocidade aquática começaram a surgir. Dois grandes talentos da nova geração da natação passaram a se destacar no cenário nacional: Breno Correia e Pedro Spajari.
Com resultados expressivos em 2018, os dois se consolidaram ao lado de Marcelo Chierighini e Gabriel Santos e passaram a formar um time muito forte para brigar por novas medalhas no Mundial da Coreia do Sul em 2019.
No entanto, em junho de 2019, faltando um mês para o mundial, Gabriel foi ao inferno. O atleta foi flagrado em exame antidoping de urina solicitado pela Federação Internacional de Natação. O nadador recebeu uma punição de um ano, pouco antes do começo da competição, o que o deixaria fora da Olimpíada.
Em março de 2020, a bonança após longa tempestade. Gabriel Santos foi inocentado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS), instância máxima da Justiça Esportiva mundial, anulando a decisão da Federação Internacional de Natação (FINA) e o liberando para retornar aos treinos.
Em 2021
Gabriel Santos mostrou que gosta mesmo de viver com fortes emoções.
Na forte prova dos 100m livre da Seletiva Olímpica da Natação brasileira, Gabirú fez 49s22 na eliminatória e ficou em nono, fora da final e sem chances de ir à Olimpíada. Uma reviravolta, no entanto, ocorreu. André Calvello, o vencedor da prova, foi pego no doping e desclassificado.
A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos então chamou Gabriel Santos para uma tomada de tempo com a justificativa que o atleta dopado havia tirado a chance de Gabriel competir na final. Nadando sozinho, Gabriel cravou 48s49, se garantiu no revezamento e, de quebra, superou o índice de 48s54 para poder nadar a prova dos 100m livre dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 ao lado de Breno Correia.
O nadador ainda caiu na água antes da Olimpíada no tradicional torneio Sette Colli, na Itália, mas não foi bem e nadou para 49s.