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Paris 2024

Pênaltis viram calcanhar de Aquiles do futcegos brasileiro

Brasil perdei disputas de pênaltis em fases decisivas da Copa América, Mundial e agora Paralimpíada

Jardiel durante cobrança de pênaltis em uma partida do futebol de cegos nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024
(Foto: Wander Roberto/COB)

Paris – As disputas por pênaltis foram o calcanhar de Aquiles da seleção brasileira de futebol de cegos durante o ciclo de Paris-2024. A equipe perdeu nas penalidades máximas na final da Copa América de 2022, na semifinal da Copa do Mundo de 2023 e, agora, na semifinal dos Jogos Paralímpicos de Paris-2024, quebrando uma hegemonia de 20 anos. Após a derrota para a Argentina no megaevento, os jogadores lamentaram o novo revés no tira-teima.

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“É algo que nós trabalhamos todos os dias, procuramos evoluir o máximo. É claro que no jogo tem uma tensão e uma pressão maior, a gente sabe que isso acontece no esporte. A gente tem que trabalhar para decidir no jogo e, se for para os pênaltis e tiver a nova oportunidade, a gente vencer. Não podemos continuar perdendo assim nos pênaltis, a gente tem que trabalhar ainda mais para sair vitorioso na próxima competição”, falou Jeffinho, dono de quatro ouros paralímpicos.

Sucessivas quedas nos pênaltis

Desde que o tempo de jogo do futebol de cegos foi reduzido no início deste ciclo, empates tornaram-se mais comuns no futebol de cegos. Foi assim em alguns jogos do Brasil nas principais competições da modalidade. As equipes têm menos tempo para fazer gols – e, no caso dos times azarões, menos tempo para se defender -, o que gerou empates do Brasil em momentos decisivos em competições nos últimos anos.

Foi assim na Copa América de 2022, quando o Brasil perdeu a final para a Argentina; no Mundial de 2023, em que a seleção caiu diante da China após empate no tempo normal; no Grand Prix da IBSA de 2024, em que outra vez foi derrotado pela China na semifinal; e, agora, na Paralimpíada de Paris-2024, também com novo revés contra a Argentina, pela semifinal do evento.

“Batendo na trave, literalmente, e de novo, né? Foi semifinal do Mundial no passado, agora nas Paralimpíadas. Mas o trabalho foi feito, teve entrega de todo mundo, isso eu garanto. Quem entrou ali, nenhum momento deixou de se entregar, de marcar, atacar e finalizar. Faz parte. Brasil e Argentina era para ter sido a final, mas não é a gente que escolhe, e um dos grandes tinha que cair”, disse Tiago Paraná.

A disputa em Paris

Em Paris-2024, a Argentina começou abrindo as disputas por pênaltis. Luan Lacerda chegou a defender a segunda cobrança dos adversários, mas Cássio desperdiçou. Após chute para fora já nas cobranças alternadas, Jonathan teve a chance de bater e finalizar a partida, mas chutou para a defesa do goleiro. Já na sexta cobrança, Ricardinho chutou na trave e decretou a derrota brasileira.

“O Luan preferiu sair defendendo e nós concordamos, porque o nosso time estava tranquilo. Nós treinamos muito, só que é detalhe. Eles também erraram algumas cobranças, vocês viram, mas é aquela história, quem erra menos é quem passa. Eles erraram menos que nós, mereceram. Parabéns para a Argentina e vamos seguir agora. Também não vamos fazer terra arrasada, vamos tentar brigar pelo bronze agora”, falou Ricardinho, que voltará a jogar no sábado (07), às 12h30, contra a Colômbia.

Paulistano de 23 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri a Universíade de Chengdu, o Pan de Santiago-2023, a Olimpíada de Paris-2024 e a Paralimpíada de Paris-2024.

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