Ingredientes não faltavam. Marta vestia pela 200ª vez a camisa do Brasil num jogo em que a vitória daria a classificação antecipada para as quartas de final do futebol feminino. Fora isso, era a primeira vez que a seleção brasileira jogava no histórico Parque dos Príncipes, fundado no século 19. Tudo isso transformou o jogo em algo ainda mais especial. Mas o Japão estragou a festa. A equipe asiática perdia até os 47 minutos do segundo tempo, mas conseguiu a virada e complica a vida das comandadas por Arthur Elias.
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Brasil e Japão somam os mesmos três pontos, mas a vida das orientais é mais tranquila. Elas enfrentam a Nigéria na última rodada, enquanto a seleção brasileira terá pela frente a Espanha, atual campeã mundial.
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Além disso, o Japão passa a ter vantagem nos confrontos diretos contra o Brasil. Em 16 jogos, o país asiático tem sete vitórias contra seis das brasileiras e três empates.
Mudanças
Com problemas por causa de lesão, o técnico Arthur Elias foi obrigado a mexer no elenco. Ele colocou no grupo três jogadoras que estavam como suplentes da delegaç˜åo: Priscila, que substitui Tamires que sofreu um entorse de tornozelo; Lauren, que entra no lugar de Yaya, com trauma direto no pé e Angelina, que substitui Adriana, com desconforto no joelho.
O curisoso é que as três foram escaladas como titulares diante do Japão. Ao todo, foram seis mudanças no time, que começou jogando com três zagueiras, Rafaelle, Thaís e Lauren, Antonia e Yasmin nas alas, Ana Vitória e Angelina no meio, e Marta, Priscilla e Gabi Nunes mais adiantadas.
Japão perigoso
Por mais que tivesse mais posse de bola do que o Japão, o Brasil tinha dificuldades para criar. O Japão, por sua vez, fazia bem o trabalho defensivo e encontrava espaços no campo brasileiro no contra-ataque. Foi assim que Myiazawa cruzou para Tanaka, livre na área, chutar para fora e perder uma chance clara aos 18 minutos.
O Brasil só foi levar perigo num desvio de cabeça de Rafaelle e num chute de fora da área de Angelina. Muito pouco! E o Japão se aproveitou para assustar de novo. Tanaka, mais uma vez, teve grande chance, mas desviou fraco e a bola foi em cima da goleira Lorena aos 38.
Lorena salva
O momento mais difícil aconteceu nos acréscimos. Miyazawa finalizou de fora da área e a bola tocou no braço de Rafaelle. A arbitragem não titubeou e marcou pênalti. Tanaka, entretanto, bateu franco no canto esquerda e Lorena fez uma defesa importantíssima. No fim, ainda teve um chute perigoso de Hamano, mas os dois times foram para o vestiário com um 0 a 0 de ótimo tamanho para o futebol que o Brasil apresentou nos 45 minutos iniciais.
Estrela do treinador
No intervalo, Arthur Elias fez três alterações. Entraram Tarciane, Ludmila e Jheniffer nos lugares, respectivamente, de Lauren, Priscila e Gabi Nunes. A mudança surtiu efeito rapidamente. Mais rápido até do que o que o treinador poderia imaginar.
Duas das três jogadras, que entraram e foram formar o ataque com Marta, participaram da jogada do gol. Ludmila arrancou em velocidade e serviu Jhenifer, que teve calma de artilheira para deslocar a goleira a mandar a bola para a rede: 1 a 0 aos 11 minutos do segundo tempo.
Pressão e virada
Mas, depois de abrir o placar, o Brasil não conseguiu mais manter a posse de bola e foi muito pressionado pelo Japão. O castigo veio nos acréscimos. O VAR identificou um toque na mão de Yasmin dentro da área e o pênalti foi marcado. Quem bateu desta vez foi Kumagai, que venceu a goleira Lorena e empatou o jogo aos 47 do segundo tempo. A virada veio aos 51 com Tanikawa, que marcou um golaço por cobertura e garantiu a vitória por 2 a 1 do Japão.