Desde de que foram anunciados, os amistosos contra a Jamaica nesta Data Fifa vem mexendo com as memórias recentes dos torcedores brasileiros. Há cerca de um ano atrás, a Seleção Feminina fazia um jogo de vida ou morte na Copa do Mundo Feminina contra as Jamaicanas, que seguraram o empate e eliminaram a equipe nacional ainda na fase de grupos.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIK TOK E FACEBOOK
Tamanho o impacto daquela eliminação precoce resultou em uma série de reformulações promovidas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em todas as categorias da Seleção Feminina. Na equipe principal, toda a comissão técnica foi trocada, com a saída de Pia Sundhage, e Arthur Elias assumiu o comando do time.
- Brasileiros se destacam em vitórias na Champions e no Polonês
- Orlando Luz vai à semifinal nas duplas, em Montevidéu
- Yago marca 13 pontos na derrota do Estrela Vermelha na Euroliga
- CPB divulga calendário de competições e eventos de 2025
- Gustavo Heide vence e vai às quartas de final em Montevidéu
Multicampeão com o Corinthians, o treinador chegou com a missão de mudar o estilo de jogo da equipe para características mais ofensivas. “Tenho uma maneira identificada com o futebol brasileiro. Uma maneira que eu vejo que as jogadoras se sentem confiantes, confortáveis para jogar”, disse Arthur Elias a TV Bandeirantes.
Variações táticas
Naquele trágico jogo contra a Jamaica na Copa do Mundo Feminina, boa parte da crítica especializada apontou a falta de criatividade e variações táticas como a principal barreira ofensiva da Seleção Feminina. Em quase um ano à frente do time, Arthur vem fazendo testes e aplicando seu estilo de jogo. O elenco vê com bons olhos essa mudança e projeta um Brasil diferente nesse reencontro contra as jamaicanas.
“Eu acredito que é muito importante, tanto para atleta quanto para nossa seleção, essas variações de sistema. Nos dá um leque maior de acordo com o adversário. Para mim, é muito bom porque é um desenvolvimento e conhecimento para melhorar, principalmente por fazer várias funções”, ressaltou a lateral e zagueira Antonia. Ela esteve em campo no empate em 0 a 0 contra a Jamaica em Melbourne, Austrália.
“Dependendo do sistema, eu posso ser uma lateral. Dependendo do sistema, eu posso ser uma zagueira. Então, eu acredito que essas diferenças, essa mistura de coisas que ele faz só tem a acrescentar ao Brasil”, destacou. A jogadora atuou em uma linha de três defensoras durante a Copa Ouro Feminina.
Mais repertório
Cristiane não esteve na Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia, mas assistiu o fracasso do Brasil em Melbourne. Agora brigando por uma vaga nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, a atacante elogia o trabalho do treinador. “Eu acho que uma coisa muito legal que tem dentro da seleção é que o Arthur não mantém um único padrão tático, ele muda. A gente não fica somente em um esquema e acaba morrendo, muitas vezes você morre abraçada nesse esquema tático”, disse.
“Então, ele tem muitas variações [..] Mas eu acho que a comissão técnica tem montado uma seleção com variações de padrões diferentes, de acordo com as seleções que a gente vai enfrentar e acho que isso é muito grandioso. O que cabe a nós, no dia a dia, é a gente entender o que eles querem, aprender o que eles tentam passar para gente e executar da melhor maneira possível”, completou.