Em comunicado oficial de repúdio postado nas suas redes sociais, a Ferroviária denunciou um caso de assédio contra a fisioterapeuta e coordenadora do departamento médico Ariane Patricia Falavinia dos Santos. A situação supostamente ocorreu durante a partida entre a equipe paulista e o Real Brasília, válida pela segunda rodada do Brasileirão Feminino, na última terça-feira (19).
Segundo a nota, membros da comissão técnica do time candango emitiram comentários indesejados sobre a aparência física de Ariane. A própria e uma atleta das Guerreiras Grenás denunciaram o acontecido para a arbitragem da partida. Também no comunicado, a Ferroviária solicita que as autoridades responsáveis tomem as devidas providências para identificar e punir os envolvidos, de acordo com a lei.
- Conegliano vence, e Gabi conquista o mundo pela segunda vez
- Julia de Vos quebra recordes brasileiros nos 500m e 1000m
- Lucas Pinheiro fica em 22º no slalom gigante em Alta Badia
- Egonu cresce e Praia Clube encerra Mundial sem medalha
- Osasco se recupera de susto e vira vice-líder da Superliga
Confira a nota oficial da Ferroviária na íntegra
“A Ferroviária S.A.F. manifesta veementemente seu repúdio ao assédio sofrido pela Coordenadora do Departamento Médico e Fisioterapeuta, Ariane Patricia Falavinia dos Santos, durante o jogo entre Real Brasília e Ferroviária, pela segunda rodada do Brasileirão Feminino, no Estádio Ciro Machado (Defelê), em Brasília-DF, na última terça-feira (19). É inaceitável que uma profissional em seu ambiente de trabalho seja alvo de violência por exercer suas funções.
O episódio ocorreu no momento em que a fisioterapeuta se deslocava dentro do campo e quando se aproximou do grupo, membros uniformizados, porém não identificados do time adversário, começaram a fazer comentários indesejados sobre suas características físicas, constrangendo a profissional e em total desrespeito às mulheres. A denúncia foi feita para a arbitragem pela própria Ariane e uma atleta que ouviu os insultos.
O clube tem como símbolo a ‘Guerreira Grená’ e seu escudo, que representam a luta contra a desigualdade, violência, racismo e repressão à todas as mulheres brasileiras. Nos solidarizamos a Ariane (Nani), e reiteramos nosso compromisso com a segurança e o respeito aos profissionais do clube e do Futebol Feminino, cujo trabalho é fundamental para o desenvolvimento e a promoção da modalidade.
Ressaltamos a importância da colaboração entre clubes, federações, autoridades de segurança e imprensa para que sejam adotadas medidas efetivas a fim de prevenir e coibir episódios de violência. Repudiamos qualquer forma de agressão e apelamos para que as autoridades responsáveis tomem as devidas providências para identificar e punir de acordo com a lei.
Reiteramos ainda a importância de denunciar situações de assédio, importunação ou violência sofridas em qualquer ambiente, pois é através de denúncias que se torna possível coibir tais atos”.