Ainda em busca da definição do cobrador de faltas e pênaltis para o Sul-Americano do Equador, a Seleção Brasileira Sub-20 tem adotado um expediente diferente em Quito, onde realiza a fase final de preparação para a competição.
Ao contrário do que acontece tradicionalmente, quando o treino de bolas paradas é realizado após o término da atividade tática ou técnica, os comandados de Rogério Micale têm trabalhado este fundamento antes do restante do treinamento.
– Bola parada é uma ação especialmente técnica. Por isso, quando os jogadores estão mais descansados fisica e mentalmente fica mais fácil memorizar o movimento. – explicou Eduardo Barroca, auxiliar ténico da Seleção Brasileira Sub-20, que armazena todas as estatísticas de erros e acertos dos atletas para estudar junto com a comissão técnica após os treinamentos.
Este processo começou ainda na Granja Comary. De todos que se habilitaram para o posto de cobrador de bolas paradas, os oito com melhor aproveitamento se dividiram em dois grupos. Cada dia um destes grupos é escolhido para este trabalho em separado, que também ajuda os goleiros.
– Posicionamento, montagem da barreira, velocidade de reação… Tudo isso é importante, e o treino desta maneira acaba sendo mais proveitoso – disse Rogério Maia, preparador de goleiros da Seleção Brasileira Sub-20.
Por mais que no jogo, tanto o goleiro, quanto os jogadores de linha, estejam sob o efeito do desgaste da partida, treinar ainda descansado tem motivo.