Um dos principais nomes do futebol brasileiro e do mundo, Vinícius Júnior vai liderar um comitê especial da Fifa para combater o racismo. O atacante da Seleção Brasileira do Real Madrid, sofreu repetidas ataques racistas na última temporada pelo Campeonato Espanhol. O anúncio se deu através do próprio presidente da entidade, Gianni Infantino.
“Pedi a Vinícius que liderasse esse grupo de jogadores que apresentará punições mais rigorosas contra o racismo, que mais tarde serão implementadas por todas as autoridades do futebol em todo mundo”, afirmou Infantino em entrevista à Reuters. O presidente da Fifa visitou a concentração da Seleção Brasileira em Barcelona, onde a equipe realiza amistoso no sábado (17).
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Prestes a completar 23 anos em julho, Vinícius Júnior não terá mais idade olímpica para os Jogos de Paris, em 2024. Contudo, por ser um dos melhores atacantes do futebol mundial, o brasileiro pode aparecer na lista de convocados entre os três atletas acima do limite permitido. Anteriormente, ele esteve cotado para as Olimpíadas de Tóquio, pois participou de alguns jogos do ciclo, mas acabou não entrando na convocação final.
“Eu quero seguir isso por todos aqueles jovens, por todas aquelas pessoas que sofrem, que não tem a voz que tenho”, disse Vinícius em entrevista coletiva nesta quinta-feira (15).
Sem futebol com discriminação
A mais famosa das 10 ocorrências de racismo contra Vinícius Júnior na Espanha só na temporada 2022/2023 aconteceu no último dia 21 de maio. Em partida contra o Valencia fora de casa pela La Liga, o atacante brasileiro teve que lidar com ataques de todo o Estádio Mestalla. A arbitragem daquele jogo sofreu duras críticas, pois paralisou a partida, mas deu seguimento em seguida, mesmo com os insultos continuando. Além disso, acabou expulsando Vini equivocadamente logo depois.
“Não haverá mais futebol com racismo. Os jogos devem ser interrompidos imediatamente quando isso acontecer. Basta!”, enfatizou o dirigente da Fifa.
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Enquanto isso, no Brasil, medidas vêm sendo tomadas para combater tais crimes. Na última quarta-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei Geral do Esporte. Além de ações para regulamentar e potencializar os esportes no país, o texto da contém punições para casos de violência nos estádios.
Dessa forma, casos de racismo, homofobia, sexismo e xenofobia em eventos esportivos no Brasil vão estar sujeitos a uma multa que pode variar de R$ 500 à R$ 2 milhões dependendo da gravidade. Ademais, os clubes envolvidos também sofreram punições, assim como as torcidas organizadas que cometerem tais crimes, podem até ser banidas por cinco anos.