O Brasil é octacampeão da Copa América de futebol feminino. Na final, disputada neste sábado (30) no Estádio Alfonso López, na Colômbia, a seleção brasileira venceu as donas da casa por 1 a 0 e faturou o título do torneio continental pela oitava vez. Debinha, de pênalti, foi a autora do gol do título.
Como esperado, o Brasil não encontrou facilidades para enfrentar uma Colômbia embalada pela sua torcida, que lotou o estádio e empurrou a equipe desde o primeiro minuto. Além do mais, os torcedores tinham motivos para estarem empolgados com o título histórico. Na semifinal, as colombianas igualaram suas melhores sequências, de 2010 e 2014, de resultados na Copa América de futebol feminino ao alcançar cinco vitórias seguidas.
Por outro lado, a seleção brasileira feminina vinha de uma campanha consistente e chegou à final sem tomar sustos. Com cinco vitórias, 19 gols marcados e nenhum sofrido, o Brasil buscava manter um retrospecto de hegemonia no futebol feminino sul-americano. Desde a criação da Copa América em 1991, a equipe canarinha havia vencido sete das oito edições disputadas do torneio com 49 partidas, 46 vitórias, um empate e apenas duas derrotas.
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O jogo
A partida foi dura desde o primeiro minuto. A estratégia colombiana de marcar a saída de bola brasileira funcionou muito bem durante toda a primeira etapa. Além disso, o time da casa abortava as saídas bem sucedidas do Brasil com faltas e explorava bem os contra ataques pelas laterais. O jogo tomou tom dramático com a lesão da volante Angelina, um dos destaques brasileiro na Copa América. A equipe canarinha ficou refém dos chutões de Lorena nos tiros de meta e das ligações diretas para o ataque. Para ser ofensivas, restava apenas ao talento individual para marcar, e foi isso que aconteceu. Em uma boa jogada aos 38 minutos, Debinha entrou na grande área costurando a defesa da Colômbia, que só parou a atacante com o pênalti. Na cobrança, bola para um lado e goleira para o outro, 1 a 0 para a verde-amarela.
As colombianas voltaram para reta final de jogo precisando de um gol para continuar sonhando com o título inédito da Copa América feminina de futebol. Contudo, os primeiros minutos da segunda etapa foram de domínio brasileiro nas ações ofensivas. Além disso, as anfitriãs sentiram a parte física, mas mesmo assim, levaram perigo ao Brasil com bons contra ataques e nas bolas paradas. A defesa brasileira foi bem mais uma vez e segurou o ímpeto das adversárias, terminando a competição sem sofrer nenhum. Fato histórico nos retrospectos das seleções.