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Marta garante empate e escrita do Brasil contra a Holanda

Seleção perdia para as atuais campeãs mundiais pela primeira vez na história, mas a Rainha entrou para jogar quinze minutos, tempo suficiente para, mais uma vez, brilhar com a camisa amarela

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(Thais Magalhães/CBF)

O Brasil perdia para a Holanda pela primeira vez em sua história nesta quarta-feira (16), na estreia do Torneio Internacional da França. As europeiras, vice-campeãs mundiais, estavam com o jogo sob controle, não eram ameaçadas na reta final do segundo tempo. Até que Marta entrou em campo. Meio sem pretensões, substituiu uma exausta e com câimbras Kerolin, mas foi o suficiente para a camisa 10 brilhar mais uma vez. Aos 40min, a árbitra marcou um penal para o Brasil e ela não perdoou. Final, 1 a 1 e tabu mantido. Agora são sete duelos contra as holandesas, com quatro empates e três vitórias brasileiras.

O gol da Holanda foi de Beerensteyn aos 17 minutos do segundo tempo, aproveitando um cochilo da marcação do Brasil. Vale lembrar que as duas seleções se enfrentaram nos Jogos Olímpicos de Tóquio, ano passado, em um 3 a 3 eletrizante. A seleção comandada pela técnica Pia Sundhage têm mais dois compromissos pelo Torneio Internacional da França. Pega as anfitriãs às 17h10 de sábado (19) e a Finlândia às 14h30 de terça-feira (22), sempre pelo horário de Brasília.

Começo quente

A Holanda começou em cima o primeiro tempo e chegou com certo perigo duas vezes ainda nos primeiro minutos, especialmente por conta da movimentação da camisa nove Miedema. Mas o Brasil não era dominado e deu a resposta aos cinco, com uma batida firme de fora da área feita por Fe Palermo que obrigou a goleira Van Veenendaal a trabalhar. Um minuto depois, Ary Borges, a mais perigosa do Brasil, mostrou habilidade pela direita e mandou de canhota de fora da área. A bola explodiu no travessão laranja, lá onde a coruja dorme. Aos 8min, as holandesas voltaram a ameaçar em uma boa troca de passe na nossa área, mas Miedema acabou fazendo falta.

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(Thais Magalhães/CBF)

Aos 11min, Pelova recebeu um bolão por trás da zaga, invadiu a área livre e bateu. Lorena estava lá, mostrou segurança e agarrou firme. Aos 14min, a camisa um do Grêmio voltou a aparecer em uma batida de Miedema de dentro da área, após boa jogada da estrela holandesa pela esquerda. As europeias, atuais vice-campeões mundiais, chegavam mais, mas o Brasil respondia. Aos 26min Ary Borges arriscou de fora da área, pela linha de fundo. Quatro minutos mais tarde, ela recebeu um belo cruzamento da direita, de Kerolin, e cabeceou firme da pequena área. A bola saiu por centímetros. Um pouco antes, Debinha havia puxado um contra-ataque pelo meio, mas tocou mal para Duda, que entrava livre pelo meio. A Holanda ainda teve uma boa chance na etapa inicial, novamente com Miedema. Ela foi lançada por trás da zaga, passou por Lorena, que saiu afobada da meta, mas Tainara conseguiu evitar o gol.

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(Thais Magalhães/CBF)

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Parecia perdido, mas…

O segundo tempo começou com menos intensidade e os times tentavam alguma coisa apenas em bolas paradas. A exeção foi Miedema aos 2min, com uma boa arrancada pela direita, mas um cruzamento que não achou ninguém na área brasileira, e o gol aos 17min. Spitse fez um baita lançamento pra Beerensteyn, a atacante holandesa invadiu a área e bateu forte encobrindo Lelê, que havia acabado de entrar no lugar de Lorena, por câimbras. O Brasil reagiu e passou a buscar mais o ataque, mas ainda era pouco e a Holanda controlava o jogo. Até que aos 35min Marta foi para o campo para igualar o placar batendo pênalti. O lance, é verdade, foi duvidoso. Uma bola na mão da zegueira van Dongen. Na cobrança, a Rainha desfilou toda sua majestade, balançou a roseira e foi para o abraço.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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