O grupo da seleção feminina de futebol do Brasil já está completo em Sydney. Na manhã desta quarta-feira (20), pelo horário de Brasília, dezenove atletas se apresentaram à concentração da equipe na Austrália. Com a chegada das jogadoras, a comissão técnica já conta com todas as 23 selecionadas para o início da preparação com foco nos dois duelos diante das donas da casa, nos dias 23 e 26 de outubro.
Horas antes, técnica Pia Sundhage comandou o primeiro treino com a presença das quatro atletas que já estavam lá: as meias Andressa Alves e Ary Borges e as goleiras Lorena e Karen. O trabalho teve o intuito de acelerar a aclimatação. As 19 que chegaram refizeram exames de PCR para detectar possíveis casos de covid-19 e aguardam em isolamento os resultados para poderem iniciar as atividades. A previsão é que as jogadoras sejam liberadas nas próximas horas. O primeiro encontro entre Brasil e Austrália será neste sábado (23), às 5h50, e o segundo ocorre na terça-feira (26), às 6h05, ambos na Commbank Stadium e sempre pelo horário de Brasília.
Desafio de força e intensidade
Na história recente do futebol, Brasil e Austrália já registram sete confrontos em Jogos Olímpicos e Copas do Mundo, com cinco vitórias brasileiras e duas australianas. A meia Andressa Alves, na seleção feminina desde 2012, foi eliminada pelas rivais na Copa de 2015 e, no ano seguinte, esteve em campo na revanche da Rio-2016, quando o Brasil despachou as australianas nas quartas de final da Olimpíada.
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“A Austrália é muito forte e intensa fisicamente, vai ser um desafio pra gente. Precisamos jogar contra grandes seleções para cada dia melhorarmos e chegarmos bem preparadas para a Copa América e conseguir o nosso objetivo que é a vaga, e assim, poder disputar a Copa do Mundo”, destacou. “A expectativa é alta. Recentemente jogamos contra a Argentina, e o nível é diferente.” Ela acrescentou que a técnica Pia tem pedido mais ofensividade e criatividade. “Que o meio de campo seja mais dinâmico para que a gente consiga colocar mais bola para as atacantes. Assim, teremos a oportunidade de usar o um contra a um e chegar na linha de fundo. Ela tem pedido um pouco mais de velocidade e intensidade para o ataque.”
Renovação necessária
Andressa Alves, de 28 anos, completou 100 jogos pela seleção feminina de futebol no duelo diante do Canadá válido pelas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. “Todo mundo fala isso ‘experiente’, mas gente eu só tenho 28 anos, viu? Eu só sou experiente porque estou aqui na Seleção há mais de dez anos (risos)”, brinca. Ela comentou também sobre renovação no time nacional. “Todas as seleções no mundo passam por isso. A seleção Sub-20 tem grandes atletas, as meninas que vêm jogando o Campeonato Brasileiro estão fazendo grandes jogos, então é uma geração diferente e que pode dar grandes frutos, pode mudar a história do futebol feminino. Por isso, no que a gente puder acelerar nessa renovação, que já era pra ter acontecido antes. Sem esquecer também das veteranas, porque essa mescla dá muito certo.”
