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Formiga e Pia projetam duelo do Brasil contra a Holanda nos Jogos Olímpicos

Após goleada contra a China, Formiga e Pia esperam duelo duro contra Holanda, mas veem seleção preparada

Pia - Formiga - Brasil e Holanda - Jogos Olímpicos de Tóquio
(Sam Robles/CBF)

Depois de golear a China na estreia dos Jogos Olímpicos de Tóquio, é hora de virar a chavinha para encarar uma das melhores seleções do mundo. Neste sábado (24), o Brasil encara a Holanda, atual vice-campeã mundial e contra quem nunca perdeu anteriormente. Às vésperas do duelo, a técnica Pia Sundhage e a meia Formiga analisaram e projetaram o jogo.

“Acredito que a Holanda seja o time mais forte desse grupo. Eles têm jogadoras muito boas e personalidade no ataque. Mas acho que estamos bem preparadas. Teremos mais um treino, mais tático… Fizemos nossa lição de casa e temos uma ideia de como vamos vencê-las com as nossas forças e explorando as fraquezas delas”, explicou Pia em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (23).

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“A gente sabe da potência da Holanda do meio para frente. O que a Pia sempre pede é que a gente tenha essa compactação e é o que vamos fazer. Esse jogo vai ser totalmente diferente [do jogo com a China]. E temos que aproveitar que a zaga delas não é tão rápida e explorar o contra-ataque. A qualidade do meio-campo delas é impressionante, mas acredito que a nossa linha de quatro vai ajudar bastante para que a gente não sofra tanto lá atrás”, completou Formiga.

Pia, no entanto, já está pensando também no duelo contra a Zâmbia, que encerra a fase de grupos dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. E a partida do Brasil contra a Holanda tem papel fundamental nisso. “Quanto à escalação, ainda não sei quantas mudanças vamos fazer, mas uma coisa é certa: vamos fazer mais mudanças [ao longo do jogo], vindas do banco desta vez. Queremos estar bem preparadas para o terceiro jogo também e ter jogadoras descansadas”.

Jogo único

A última vez que Brasil e Holanda se enfrentaram foi no Torneio Internacional da França em 2020, quando ficaram no empate em 0 a 0. Além disso, a seleção feminina brasileira nunca perdeu para as holandesas anteriormente, o que para Pia não significa muita coisa.

“Se tem coisas boas na história, você pode se apoiar nisso. Mas, ao mesmo tempo, cada jogo é único. O nosso último jogo é uma lição para o próximo. No último duelo contra a Holanda, jogamos no 4-2-3-1. E agora estamos jogando com duas atacantes mais adiantadas. Isso é uma grande diferença. Além disso, se olharmos para o meio campo, estamos mais sólidos na questão defensiva”, pontuou a treinadora sueca, que tem sido uma peça fundamental para o Brasil.

“Acredito que todo o grupo que eu estive teve essa união, e nesse não é diferente. Só que hoje a gente tem uma outra comissão, com ideias diferentes. E a gente vê o currículo da Pia e isso nos faz acreditar ainda mais e resgata a nossa confiança para buscar o que a gente tanto deseja”, disse Formiga.

Energia da rainha

Marta - Pia - Formiga - Brasil e Holanda - Jogos Olímpicos de Tóquio
Marta marcou dois gols contra a China (Sam Robles/CBF)

Pia e Formiga também falaram sobre o momento da Marta. A camisa 10 marcou dois gols contra a China e se tornou a primeira jogadora a balançar as redes em cinco edições de Jogos Olímpicos de Tóquio. E a energia da capitã tem contagiado todo o grupo.

“A Marta está feliz e isso é contagiante. Acho importante aproveitar a jornada. Ela está no futebol há tanto tempo, em vários times, vários técnicos, e gosto muito que ela é bastante generosa com tudo. É incrível como ela está treinando e fiquei muito feliz com o jogo dela contra a China”, destacou Pia.

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Para além das quatro linhas, no entanto, Marta tem sido porta-voz de muitas causas, desde a feminina até a LGBTQIA+, assim como a própria Formiga, que ressaltou a importância do posicionamente das atletas.

“Eu fico feliz de ela estar tão livre e isso só nos ajuda aqui na seleção. É um momento mágico para ela e para nós, na verdade, que sofremos tanto preconceito e somos sempre julgados até mesmo quando não ‘saímos do armário’. Acredito que ela, dessa forma, só tem a acrescentar para o futebol feminino mundialmente. E nós somos exemplo e espelho para muitas pessoas, não só no futebol. Acho bacana a gente se posicionar e continuar quebrando esses preconceitos e barreiras. Vamos conquistando o respeito das pessoas, porque respeito é tudo. E não é só respeitar o atleta, mas o ser humano. Espero que outras atletas possam se posicionar e, com isso, a gente vai acabar com esse preconceito”.

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